O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na manhã desta quinta-feira, 22, em entrevista à Super Rádio Piratininga de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, que a redução da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi uma medida de grande importância porque foi viabilizada por uma taxa de inflação muito baixa.

O Copom reduziu a Selic nesta quarta-feira (21) em 0,25 ponto porcentual para o seu mais baixo nível histórico, de 6,50% ao ano. A maior parte da entrevista do ministro à rádio da cidade do interior paulista foi dedicada à repercussão do 12ª corte consecutivo da Selic.

“A redução da taxa de juro é importante porque foi viabilizada por um inflação muito baixa”, disse o ministro ao ser provocado pelo entrevistador a comentar a decisão do Copom. Para Meirelles, o BC tem reduzido a Selic e a cortou mais uma vez nesta quarta porque o corpo técnico da autarquia tem feito avaliações que mostram que a inflação não corre o risco de engrenar uma retomada de aumento.

Segundo o ministro, o poder de compra dos salários da população aumenta e as pessoas podem passar a consumir mais quando inflação e juros estão baixos.

Perguntado do porquê de a redução da taxa de juro que referencia a economia não estar chegando na mesma proporção aos juros de mercado, Meirelles disse que como qualquer outro produto brasileiro, as linhas de financiamento têm liberdade para fixar seus preços. Ele ponderou, no entanto, que um dos fatores importantes para o repasse da queda da Selic às taxas de juros na ponta é a concorrência.

“É claro que a concorrência ajuda a baixar juro na ponta. E o Banco do Brasil já anunciou redução de suas taxas de juros”, disse Meirelles por telefone de Brasília, de onde decola em instantes rumo à cidade de São José dos Campos.

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Mais uma vez o ministro evitou fazer projeções sobre passos futuros da Selic e disse “que é o BC que deverá analisar, com base na trajetória da inflação”, se a Selic continuará a ser reduzida.


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