Meirelles: privatização da Petrobras exigiria expansão do mercado de capitais

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, evitou nesta quinta-feira, 1, se posicionar em relação a uma eventual privatização da Petrobras. Em evento na capital paulista, o presidenciável lembrou que o governo já colocou em andamento a desestatização da Eletrobras – que “é um projeto grande, complicado, vai levar tempo -, e que “não dá para fazer muita coisa ao mesmo tempo”. Por outro lado, o ministro traçou um roteiro para a eventual privatização que envolveria, antes desse passo final, a venda de maior participação acionária da estatal ao público e gestão profissionalizada de sua organização.

“Tem que ser uma coisa menos política, no sentido de declaração bombástica. Tem que começar com maior participação do público, vendendo mais ações, contando com administração profissional. Para isso, também precisaria expandir o mercado de capitais para que de fato haja condições de abrir cada vez maior participação do publico nas ações das grandes empresas”, disse Meirelles. A privatização da maior estatal brasileira voltou a ser tema de campanha nos últimos dias, após o também presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) afirmar que seria a favor da medida.

Produtividade

Meirelles disse que seu objetivo número um quando decidiu aceitar o cargo no Ministério da Fazenda foi fazer o Brasil voltar a crescer. Agora, continuou, o próximo passo é elevar a produtividade da economia brasileira. Para isso, lembrou, o governo tem uma agenda de microrreformas que deve ser colocada em andamento com a ausência da reforma da Previdência.