Um dia após a notícia de que o governo pretende anunciar nos próximos dias um pacote com medidas de estímulo à economia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, 12, que tem trabalhando com uma agenda microeconômica que envolve “diversas medidas que aumentem a produtividade da economia em diversos setores”.

A declaração foi dada em discurso feito durante almoço de fim de ano da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), evento que também conta com a presença do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.

Meirelles, no entanto, evitou dar detalhes sobre as medidas. “Medidas, quando se define quais são você divulga, não se faz divulgações seletivas. Vou pedir desculpa aos jornalistas, mas não vou divulgar. Quando tiver definido vamos anunciar”, disse. “Não vai demandar muito tempo, porque estamos trabalhando intensamente.”

Segundo o ministro, as medidas vão resultar em impacto sobre o crescimento potencial da economia. “Em uma perspectiva futura, depois de todo o processo de ajuste fiscal, quem sabe voltamos a trabalhar com cenário com uma taxa de crescimento em torno de 4%”, disse.

Goldfajn

No mesmo evento, Ilan Goldfajn afirmou que a redução da taxa básica de juros tem de ser feita de forma responsável para ser sustentada no longo prazo. “E que assim não haja uma trajetória de reversão lá na frente”, disse Goldfajn. “Todos queremos juros mais baixos, a questão é como chegar lá”, afirmou.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O presidente do BC reforçou, no entanto, que a desaceleração é importante para a redução dos juros. “Estamos buscando o centro da meta com muito afinco, achamos importante, após anos seguidos com inflação acima do centro e do teto, postergar o atingimento das metas tem custo para a sociedade”, disse, após afirmar que o BC tem sido conservador na flexibilização da política monetária.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias