O meia Daiju Sasaki será tratado com atenção e cuidados durante os primeiros meses de Palmeiras. O japonês de 18 anos, emprestado por um ano pelo Vissel Kobe, chegou ao Brasil na quarta-feira, fez os primeiros treinos na Academia de Futebol e terá bastante auxílio do clube nos primeiros meses, com tradutor e atendimento do departamento psicossocial.

O reforço treinará com a equipe sub-20, ainda sem previsão de estreia. O Palmeiras não pretende, a princípio, fazer uma apresentação oficial e, por enquanto, prefere deixar a mais nova contratação longe dos holofotes. Além do contrato de empréstimo por uma temporada, a diretoria fechou a compra de 30% dos direitos econômicos do japonês.

Sasaki vai morar no alojamento do clube para garotos das categorias de base, próximo ao Allianz Parque. O japonês, portanto, não terá regalias de acomodação. O Palmeiras já mobilizou profissionais para ajudá-lo a se ambientar ao Brasil, em um processo semelhante ao que é feito com jogadores jovens trazidos de outros Estados. O plano é de ajudá-lo a se sentir à vontade em pouco tempo.

O garoto não fala português nem inglês. Por isso, terá a companhia de um tradutor nos primeiros meses. Na chegada ao Brasil ele ganhou a companhia de outros profissionais, como a de um diretor do Vissel Kobe que é fluente em português. Também lhe ajudam nos primeiros dias de Brasil o grupo de empresários participantes na negociação com o Palmeiras.

Sasaki criou um perfil nas redes sociais, atualizado por uma agência brasileira. Na quinta-feira o jogador foi almoçar em um restaurante japonês e antes disso, pela manhã, foi fazer treinos físicos. O contrato com o Palmeiras foi assinado no dia anterior.

Na noite de quinta o japonês foi ao Pacaembu ver a vitória do time sobre o Bahia, por 1 a 0, pela Copa do Brasil. Nesta sexta, fez exames cardiológicos. No café da manhã no hotel em que ainda está hospedado, ele não abriu mão de tomar a tradicional sopa de missoshiro, feita de soja.

O técnico Luiz Felipe Scolari promete observar a evolução da japonês e elogiou a iniciativa do Palmeiras de construir uma relação com o mercado asiático a partir da vinda do reforço. “Eu tenho alguma identidade com o pessoal no Japão, também, para quem sabe no futuro criar uma ponte. O Palmeiras hoje não é um clube apenas com ideia de Brasil, é com ideia do mundo”, comentou.