MILÃO, 20 JUL (ANSA) – O meio-campista Tiémoué Bakayoko, do Milan, falou pela primeira vez sobre o enquadro que levou da polícia de Milão, na Itália, e disse que a abordagem dos agentes colocou sua vida “em perigo”.

“Errar é humano, mas a principal questão foram as formas e métodos utilizados, acredito que passaram dos limites. Eu me vi com uma arma a menos de um metro de mim e do passageiro, eles claramente colocaram nossas vidas em perigo”, afirmou o jogador em suas redes sociais.

O francês ainda comentou que as consequências da abordagem dos policiais “poderiam ter sido mais sérias” se ele não tivesse mantido a calma no momento ou se não fosse um conhecido jogador de futebol.

“Por que não me pediram os documentos? No vídeo postado não é possível ver tudo, aquilo foi a parte mais tranquila do que poderia ter acontecido. Seja qual for os motivos que os levaram a fazer isso, é um erro saber que eles não têm certeza sobre os suspeitos. Quais seriam as consequências? Teriam me levado para a delegacia? Isso me faz pensar em muitas perguntas. Não é aceitável colocar em risco a vida de tantas pessoas”, concluiu o meia.

No vídeo, que viralizou nas rede sociais, alguns policiais milaneses, que estavam com armas em punho, foram flagrados fazendo a verificação de dois indivíduos na rua. A intervenção, no entanto, terminou imediatamente quando os agentes descobriram que uma das pessoas abordadas era Bakayoko.

Enquanto um policial revistava o francês do lado de fora do veículo, outros dois foram vistos apontando suas armas em direção ao carro para uma pessoa que estava acompanhando o jogador milanista. Os agentes responsáveis pelo enquadro teriam confundido Bakayoko com o suspeito de um crime motivado por tráfico de drogas.

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Nas redes sociais, alguns usuários discutiram sobre o trabalho das forças de ordem e muitos afirmaram que os policiais foram “racistas”. Outras pessoas também fizeram comparações entre o jogador e o norte-americano George Floyd, que foi assassinado pela polícia em Minneapolis em 2020. (ANSA).


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