A magnitude do trágico incêndio florestal que devastou uma ilha havaiana no ano passado, deixando mais de 100 mortos, foi resultado de múltiplos fatores que estavam em andamento “há anos”, segundo um relatório oficial publicado na sexta-feira (13).

A devastação causada pelo incêndio de 8 de agosto de 2023 na cidade histórica de Lahaina, um destino turístico de Maui, “não pode ser relacionada a uma organização, indivíduo, ação ou evento específico”, disse Steve Kerber, do Departamento de Investigação de Segurança contra Incêndios, uma agência independente designada pelo estado para investigar o desastre.

“As condições que tornaram esta tragédia possível estavam sendo preparadas há anos”, concluiu em uma coletiva de imprensa em Honolulu.

O relatório, encomendado pelo procurador-geral do estado, observa que os governos locais, as empresas e a população compreenderam a magnitude do risco de incêndios florestais, especialmente quando as condições do vento podem espalhá-los rapidamente.

Conclui ainda que os padrões de infraestrutura estão desatualizados há décadas e que a resposta de emergência ao incêndio não foi coordenada.

O documento foi publicado pouco mais de um ano após o incidente, considerado o mais mortal nos Estados Unidos em pelo menos 100 anos.

O governador do Havaí, Josh Green, disse que a recuperação da devastação custará US$ 12 bilhões (quase R$ 67 bilhões na cotação atual) e pode levar anos.

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