Medvedev discute com árbitro e quebra raquete no US Open

ROMA, 25 AGO (ANSA) – A relação conturbada do tenista Daniil Medvedev com o US Open teve outro capítulo dramático no último domingo (24), quando o russo foi eliminado precocemente pelo francês Benjamin Bonzi na primeira rodada.   

Em uma partida caótica, o ex-número 1 do mundo perdeu por 3 sets a 2, com parciais 6/3, 7/5, 6/7, 0/6 e 6/4.   

Quando o francês estava a um passo da vitória, ou seja, no match point em 5 a 4 no terceiro set, um fotógrafo inexplicavelmente decidiu trocar de lugar após o erro de primeiro saque do jogador de 29 anos, forçando o árbitro, Greg Allensworth, a ordenar uma revanche, conforme as regras.   

A decisão despertou a ira de Medvedev, que atacou o árbitro e incitou a torcida. O russo primeiro exigiu uma explicação e depois alegou que Allensworth não queria mais ficar ali e queria ir para casa.   

Virando-se para a câmera, o russo gritou: “Você é homem? Tem certeza? Então aja como qual. Por que está tremendo?”. Além disso, enfatizou que o árbitro “ganha dinheiro com a partida, não com as horas que passa em quadra”. “O árbitro só quer ir para casa”.   

Por causa dessa confusão, a partida não pôde ser retomada por mais de cinco minutos. Em determinado momento, o francês chegou a ameaçar timidamente ir embora, perguntando por que Medvedev não havia sido punido por seu comportamento.   

Quando a partida recomeçou, Bonzi não conseguiu encerrar o jogo, perdendo o terceiro e o quarto sets antes de finalmente vencer o quinto.   

Ao final da partida, Medvedev, após apertar a mão do oponente -que já o havia eliminado em Wimbledon -, quebrou a raquete.   

Para Bonzi, o comportamento de Medvedev passou dos limites.   

“Daniil começou e colocou gasolina no fogo. Ele entrou na euforia da torcida, acompanhando-a. Sinceramente, eu nunca vi isso”, disse ele aos repórteres.   

Segundo o francês, “a regra é a regra”. “O cara entrou na quadra entre dois saques. Não cabe a mim dizer se é primeiro saque.   

Senti que não fiz nada de ruim na partida para receber esse tratamento e não queria sacar nessas condições”. (ANSA).