A sensação de medo é comum, mas é importante compreende-la e saber diferenciá-la da fobia, para que não se agrave e comprometa outras áreas da vida. “Nem todo medo é impróprio, às vezes precisamos dele para nos manter seguros. Embora possamos eliminar uma fobia, não podemos realmente eliminar o medo em si”, explica o psicólogo clínico Simon Rego ao “Yahoo Life”, de onde são as informações.

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Segundo o especialista, as mulheres tendem a ser mais propensas às fobias — as mais comuns são relacionadas à altura, animais, insetos, agulhas e situações como cruzar pontes, andar de elevadores ou voar. Ele diz que quando comparado ao medo comum, essa sensação costuma ser mais intensa aos gatilhos, com reação mais extrema, instantânea e constante.

Sinais de fobia

“A fobia costuma provocar medo ou ansiedade imediatamente e muitas vezes leva a pessoa a tentar fazer tudo o que puder para evitar entrar em contato com esse gatilho, e se for necessário enfrentá-lo, essas sensações ficam ainda mais intensas”, diz Rego.

Também é possível diferenciar a fobia do medo quando seu temor e ansiedade forem desproporcionais ao perigo real representado por algo ou certa situação em contexto. “A fóbica reage de uma maneira diferente ou mais extrema do que as demais pessoas que sentem somente um medo comum, controlado”.

A fobia tende a perdurar, normalmente os sintomas persistem por um período mínimo de seis meses. Também pode afetar a vida pessoal, social e profissional de quem sofre com isso.

Tratamento

Com base em todos esses sinais e consequências, é fato que tratar quanto antes essa condição é essencial para a saúde emocional e bem-estar físico.

Uma das maneiras mais comuns para afastar a fobia é evitar os gatilhos, porém esse método não é eficaz, e sim uma solução a curto prazo. “Agindo dessa forma, você fica mais propensa a outros gatilhos semelhantes com o tempo. Além disso, deixa de encarar seus medos e começa a sentir mais ansiedade antecipadamente, só de imaginar que um dia precisará enfrentá-los”, destaca o psicólogo.

A melhor forma de se curar é com ajuda de um profissional de saúde mental com experiência em avaliação e tratamento de transtornos de ansiedade. Somente ele poderá te avaliar individualmente e te recomendar o tratamento ideal com base em suas especificidades. 

Segundo Rego, normalmente os profissionais indicam a terapia cognitivo-comportamental (TCC). “Ao longo do caminho, algumas técnicas são ensinadas que ajudam as pessoas a identificar, desafiar e mudar quaisquer pensamentos que possam estar influenciando seus medos. Esse tratamento pode ser realizado em um período relativamente curto, geralmente em semanas. Os benefícios tendem a se manter mesmo depois do término do tratamento, porque ensina habilidades às pessoas”, esclarece.