Por Denis Balibouse

GENEBRA (Reuters) – Médicos preocupados com os efeitos da degradação ambiental sobre a saúde pública fizeram uma manifestação na Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra neste sábado, exigindo que as autoridades de saúde façam das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade suas principais prioridades.

Ativistas vestidos de branco do grupo Doctors For Extinction Rebellion marcharam da Place des Nations de Genebra até a sede da OMS, onde foram recebidos pelo diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreysus, e pela diretora de meio ambiente, mudança climática e saúde, Maria Neira.

“A pandemia vai acabar, mas não há vacina para a mudança climática”, disse Tedros ao dar as boas-vindas aos ativistas do lado de fora do prédio. “Temos que agir agora, em solidariedade, para prevenir e nos preparar antes que seja tarde demais.”

A professora Valerie D’Acremont, especialista em doenças infecciosas e cofundadora da Doctors For Extinction Rebellion, fez um apelo à OMS para “ser o motor e garantidor das políticas públicas que respeitem a saúde de todos e preservem a vida”.

Os ativistas entregaram a Tedros uma carta e uma grande ampulheta, símbolo da Doctors For Extinction Rebellion, que quer provocar uma revolta mais ampla para evitar os piores cenários de devastação delineados por cientistas que estudam as mudanças climáticas.