SÃO PAULO, 29 MAI (ANSA) – Os médicos responsáveis pelos cuidados do ex-espião russo Serghei Skripal e de sua filha, Yulia, ambos envenenados com um agente nervoso, não acreditavam que os dois sobreviveriam.   

“Recorremos a todos os tratamentos. Asseguramo-nos que tivessem os melhores cuidados clínicos. Mas acreditávamos, perante as evidências, que não sobreviveriam”, disse Stephen Jukes, encarregado de cuidados intensivos do Hospital de Salisbury à BBC.   

Além disso, na opinião da diretora de enfermagem Lorna Wilkinson, o ataque poderia atingir outras pessoas. O caso aconteceu em 4 de março, no Reino Unido. O ex-espião e sua filha foram encontrados desacordados em um banco público de Salisbury, após terem sido atingidos por um agente “novichok”, substância de origem soviética.   

Yulia recebeu alta em 9 de abril, e Serghei pôde sair do hospital somente no dia 18 de maio. O caso, que ganhou repercussão mundial, gerou uma crise diplomática entre a Rússia, país de origem do antigo agente secreto, e o Reino Unido, que acusa Moscou de ter planejado o ataque.   

Como consequência, diversos diplomatas russos foram expulsos de mais de 30 países, inclusive dos Estados Unidos. (ANSA)