O confronto entre Benfica e Sporting pela Taça de Portugal feminina, que marcou a classificação das águias às semifinais do torneio com uma vitória de 5 a 0, teve mais do que ‘somente’ o bom futebol do time vitorioso. Aos 44 minutos do primeiro tempo, a árbitra Catarina Campos aplicou o cartão branco aos médicos das duas equipes, e diferentemente das advertências do amarelo e vermelho, a sinalização foi de reconhecimento.

Perto do fim da etapa inicial, um torcedor dentre os 15 mil presentes no Estádio da Luz passou mal nas arquibancadas e precisou de atendimento. Rapidamente, as equipes médicas foram informadas da situação e correram para socorrê-lo, deixando as áreas técnicas e se juntando aos espectadores. A atitude foi recebida com aplausos pelo público e, em seguida, com o cartão branco por Catarina pelo fair play.

Por ser uma regra recente do futebol – foi aplicada em 2018 pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) – um dos médicos pareceu surpreso de primeiro momento com a sinalização da árbitra. Na transmissão do jogo, a equipe do veículo Canal 11 explicou o porquê da aplicação à sua audiência e a atitude dos médicos de ajudar o torcedor.

A ideia do cartão branco, que não é utilizado no Brasil, é premiar boas atitudes em uma partida, que podem vir de dentro das quatro linhas ou mesmo das arquibancadas. “Trata-se de uma ferramenta que servirá para reconhecer os comportamentos corretos no campo, aplicando-se a jogadores, técnicos e também torcedores”, disse a FPF, na época da criação, em seu site oficial.

Ainda não há qualquer previsão se o reconhecimento ao fair play chegará ao futebol brasileiro, e também se seguirá para as competições mais importantes do planeta, como a Copa do Mundo, a Liga dos Campeões da Europa ou a Copa Libertadores da América. Por enquanto, ainda está em fase inicial de aplicação.