Um médico que denunciou a prática da Prevent Senior de prescrever remédios do chamado “kit Covid“, com medicações comprovadamente ineficazes contra a doença, disse ter sido ameaçado e coagido pelo diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Júnior. As informações são da Folha.

De acordo com um dossiê entregue à CPI da Covid no Senado assinado por 15 médicos, profissionais eram coagidos a prescrever remédios como a hidroxicloroquina sem consentimento de parentes dos pacientes e eram obrigados a trabalhar mesmo quando infectados com o coronavírus.

Em um áudio obtido pela Folha, um dos médicos que realizou as denúncias contra a Prevent Senior gravou uma conversa telefônica que teve com Batista Júnior, e na qual ele considera que a conversa se deu “em tom de intimidação” por parte do diretor do plano de saúde.

Na conversa entre os dois, o diretor da Prevent pede para que o médico reconsidere não realizar as denúncias contra a empresa, diz que ele está sendo manipulado e que é antiético. O executivo ainda ameaça divulgar que, supostamente, o médico com o qual está falando tem o pior índice de pacientes que teve quadros de saúde agravados.

O áudio faz parte do material entregue à CPI da Covid. O médico também registrou as ameaças em um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo contra Batista Júnior.

O executivo da Prevent Senior presta depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (22).