ROMA, 3 JAN (ANSA) – Um médico do hospital Umberto I, em Siracusa, que foi vacinado contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 há seis dias, foi diagnosticado com a Covid-19, informaram as autoridades sanitárias da Sicília neste domingo (3).

O profissional de saúde, cuja identidade não foi revelada, está entre os primeiros a serem imunizados no país com a vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech.

Segundo as autoridades sanitárias locais, o médico foi hospitalizado neste sábado (2) e está sendo acompanhado, mas não apresenta sintomas. A hipótese é de que a contaminação não esteja correlacionada com a eficácia da vacina, porque a suspeita é de que o vírus já estava incubado antes da imunização.

O presidente do Conselho Superior de Saúde da Itália, Franco Locatelli, explicou que a proteção imunológica contra a infecção pelo vírus Sars-CoV-2 “só está completa após a administração da segunda dose da vacina anti-Covid-19”.

“Em artigos científicos é claramente relatado que mesmo em estudos clínicos as pessoas foram infectadas após a primeira dose, precisamente porque a resposta imunológica ainda não é completamente protetora. E só se torna assim após a segunda dose. Esse é um dos motivos para não abandonarmos o comportamento responsável após a vacinação”, alertou.

Nos últimos dias, ele havia ido, junto com um primeiro grupo de pessoas pertencentes à equipe médica de Siracusa, até Palermo para a administração das doses do imunizante. A atenção agora está voltada para todos que entraram em contato com o doutor, inclusive aquelas que estavam no mesmo ônibus durante a viagem e outras que ele conheceu durante os procedimentos de vacinação.

Até o momento, não foram registrados outros casos semelhantes entre os profissionais de saúde da região.

De acordo com a Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), a eficácia da vacina atualmente administrada na Itália foi demonstrada uma semana após a segunda dose. “Embora seja plausível que a vacinação proteja contra a infecção, os vacinados e as pessoas que estão em contato com eles devem continuar a adotar medidas de proteção anti-Covid-19”, finalizou. (ANSA)