18/03/2024 - 9:37
Na quinta-feira, 14, Andressa Urach passou pelo procedimento de retirada parcial das costelas para afinamento da cintura. A novidade foi anunciada no Instagram da atriz e levantou polêmica na web. Durante o fim de semana, ela chegou a postar fotos da costela nas redes sociais.
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“Quando falamos em retirada de costelas, não é da costela inteira, só o fragmento que impede de ter o contorno corporal desejado”, explica o Dr. Gustavo Ramasco, cirurgião responsável pelo procedimento de Andressa, na rede social. Ele revelou que a cirurgia será feita na 11ª e na 12ª costelas e que pode diminuir até 20 centímetros de cintura. Apesar disso, o procedimento não é recomendado por médicos.
Médico faz alerta após Andressa Urach passar por cirurgia para remover as costelas
Pensando nos riscos do procedimento, a IstoÉ Gente procurou o Dr. Wendell Uguetto, cirurgião plástico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, para esclarecer dúvidas.
“A 11ª e 12ª costelas são chamadas de costelas flutuantes. Elas ficam na transição abdominal com a transição torácica, protegendo a base do pulmão e alguns órgãos abdominais importantes, como fígado e baço”, começa Dr. Wendell.
Segundo ele, a prática não é indicada por médicos: “Não deixa de ser uma mutilação e muda também a função do corpo, que é a proteção.”
O especialista ainda pontua que o procedimento pode acarretar em problemas de saúde futuros, já que, além da fragilidade das estruturas internas ocasionada na região, a respiração pode ficar instável. “Quando a gente tira as costelas o tórax fica instável, tanto para inspirar quanto para expirar. Além disso, também é alterada a conformação do corpo, o que pode resultar em problemas de postura no futuro”, continua.
Ainda de acordo com Wendell, tanto o procedimento de retirada quanto a cirurgia que fratura e “dobra” uma parte das costelas para dentro possuem riscos. “A pleura [membrana que reveste os pulmões] pode ser perfurada e causar um pneumotórax [colapso total ou parcial do pulmão devido ao vazamento de ar].”
Para o médico, a melhor saída para se ter cinturas finas são as alternativas não-invasivas, como exercícios específicos de fortalecimento abdominal, dieta equilibrada, uso de roupas modeladoras e fisioterapia.