24/04/2023 - 17:00
A cantora Preta Gil, de 48 anos, que na tarde de domingo (23) atualizou seu estado de saúde sobre a sua luta contra um câncer no intestino – após ter sido internada recentemente com um quadro de choque séptico, disse estar bem, livre da quimioterapia e que dará início ao tratamento de radioterapia.
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“Oi, amores. Hoje estou aqui fazendo aquele nosso vídeo semanal. Estou bem, foi uma semana de muitas conquistas, de fato, melhorei de mais o meu estado de saúde. Foi uma semana que me recuperei em casa e isso faz toda diferença. Estar perto da família e dos amigos, que estão grudados em mim foi fundamental para essa melhora”, contou Preta em um vídeo no Instagram.
“Agora a gente entra numa nova fase do meu tratamento. Os meus médicos resolveram que não vou mais fazer quimioterapia, vou partir direto para a radioterapia e gente começa daqui uma semana. Então, essa semana de agora será de exames preparatórios”.
“Conto com vocês nas orações, na torcida, emanando energia positiva. Isso faz muita diferença nesse processo de cura que estou vivendo”, finalizou a artista.
A IstoÉ Gente conversou o Dr. Anderson Oliveira, que é Cirurgião Geral pelo SUS, Intensivista e Gestor em Saúde pelo Albert Einstein, que explicou tudo sobre o novo tratamento de Preta Gil. Confira!
“Com o avanço da medicina e da tecnologia, o tratamento para algumas doenças trouxeram melhores desfechos para o prognóstico dos pacientes. Por exemplo, no câncer, doença tão temível por décadas, hoje em dia é vista como uma doença controlável “se bem diagnosticada precocemente” e até mesmo “curável” quando combinado medidas terapêuticas. Algumas medidas terapêuticas são: Quimioterapias, Radioterapias, Cirurgias (Seja minimamente invasivas, robóticas, videolaparoscópicas ou convencionais) ou até mesmo combinações entre elas”, disse o médico.
“No caso de Preta Gil, a equipe médica dela traçou opções terapêuticas para nossa artista que possam ser menos agressivas, ou seja, com menos efeitos colaterais e com melhor prognóstico. Dessa forma optaram por iniciar o tratamento com quimioterapia. Sabendo que dividiriam em etapas, acompanhando minuciosamente o processo involutivo da doença até possível remissão ou cura”.
O que é Quimioterapia ?
A Quimioterapia é uma opção terapêutica que são eleitos medicamentos, após estudar o caso do paciente e do tipo de câncer, para destruir as células que estão doentes que formam o tumor. Ou tem o efeito de retardar o crescimento desordenado que o tumor desencadeia, impedindo que se espalhem pelo corpo.
▪️ Como é feita a quimioterapia?
Após equipe médica especializada eleger as medicações é selecionado a “Via de administração”.
Alguns pacientes podem receber os quimioterápicos em comprimidos (pela boa ou sondas), outros por via endovenosa (através de uma veia ou cateteres), por via intratecal (através do líquido espinhal). Outras vias como intramuscular ou subcutânea (em baixo da pele). Depois São selecionados tempo de tratamento de acordo com cada paciente e de suas peculiaridades.
▪️ Efeitos colaterais
Náuseas ou vômitos
Queda de cabelos
Ressecamento de pele e mucosa ou alterações de coloração de pele e mucosa
Diarréia ou até ressecamento
O que é Radioterapia ?
A Radioterapia é também uma opção terapêutica para pacientes com câncer. Consiste na exposição de radiações para destruição do tumor ou impedir a progressão volumétrica das células tumorais. Aproximadamente 50% dos pacientes são curados com essa opção terapêutica.
Além disso pode ser combinada com quimioterapia.
▪️ Como é feita a radioterapia?
Em ambientes hospitalares ou clínicas, paciente elegível ao tratamento é exposto a feixes de radiações ionizantes sob dose calculada em um determinado tempo a um volume específico de tecidos, na tentativa de erradicar todas as células tumorais, incluindo uma margem de segurança.
Ao atingir as células alvo a radiação causa ruptura de DNA, destruição da membrana que recobre as células e consequentemente a “morte dessas células”.
▪️ Efeitos colaterais
Queda de cabelos
Náuseas e vômitos
Perda de apetite
Fadiga
Reações cutâneas
Alterações em taxas sanguíneas