Médico explica enxaqueca excessiva de Virginia na gravidez do segundo filho

Médico explica enxaqueca excessiva de Virginia na gravidez do segundo filho
Médico explica enxaqueca excessiva de Virginia na gravidez do segundo filho Foto: Reprodução/Instagram

Virgínia Fonseca, que foi internada no último final de semana com fortes dores na cabeça, preocupou seus seguidores, fãs e familiares por estar grávida de três meses do segundo filho com o cantor Zé Felipe.

A IstoÉ Gente conversou com Wanderley Cerqueira, neurocirurgião e neurologista do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or, que explicou as crises de enxaqueca na gravidez da influenciadora e tirou algumas dúvidas sobre o assunto.


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Questionado se é normal ter enxaqueca excessiva na gravidez, o médico disse: “As cefaleias tipo enxaquecas são comuns nas mulheres, mas durante a gestação a grande maioria das mulheres relata alívio da intensidade das crises ou mesmo ausência de cefaleia tipo enxaqueca em torno de 55- 90%”.

“A cefaleia tipo enxaqueca por si só será potencialmente grave para a gestante ou o feto se a paciente apresentar uma doença neurológia aguda e grave, como por exemplo coágulos no cérebro, vasculites (inflamações dos vasos do cérebro), aumento da pressão dentro do crânio consequente a trombose de veias, acidente vascular cerebral com obstrução de artérias ou até hemorragias intracranianas. Uma hemorragia intracraniana pode ser consequente a pressão arterial elevada na pré-eclâmpsia, eclâmpsia, na pressão arterial descontrolada ou até mesmo com distúrbios de coagulação do sangue”, afirmou Wanderley, referente a dor poder causar a perda do bebê.

O profissional finalizou falando do tratamento/acompanhamento médico que a gestante pode ter num caso igual ao da Virginia: “O tratamento para a gestante pode variar desde tratamento não medicamentoso como: acupuntura, técnicas de relaxamento, psicoterapia ou outros, até medicações analgésicas que não comprometam o feto ao atravessar a placenta. Também podem ser utilizados medicações preventivas ou profiláticas”.

“As náuseas ou vômitos, que acompanham a gestante sem ou com cefaleia também devem serem tratadas para evitar a desidratação da mãe. Discuta o uso das medicações com o seu obstetra ou neurologista, sempre considerando a idade gestacional, a maturidade do feto e eventuais riscos que possam ocorrer. Todo paciente adulto com cefaleia intensa ou manifestação da intensidade da dor diferente doque a presentava, e mesmo com o exame neurológico normal deve ser completamente investigada com exames complementares, tipo: Ressonância Magnética do encéfalo, Doppler transcraniano e Eletroencefalograma.”