Integrante da equipe médica que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua internação no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o neurologista Rogério Tuma é filho do ex-senador Romeu Tuma, morto em 2010 e ex-diretor do Deops (Departamento de Ordem Política e Social), órgão de repressão da ditadura militar em São Paulo.

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Delegado da Polícia Civil, Tuma assumiu a direção do Deops em 1966 e permaneceu no cargo até 1983. No período, perseguições, abusos de força e torturas foram registrados no departamento.

Em dezembro de 2024, o nome de Tuma foi um dos retirados de vias públicas da capital paulista por determinação do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) — a homenagem intitulava a Ponte das Bandeiras. No período democrático, foi duas vezes eleito senador pelo estado.

Dois de seus filhos, Eduardo Tuma e Romeu Tuma Júnior, seguiram carreira política. O primeiro presidiu a Câmara Municipal e hoje é conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; o segundo foi deputado estadual.

Já Rogério é médico formado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e fez carreira na neurologia, área em que atua no Sírio Libanês. Acompanhou Lula nos dois procedimentos aos quais o petista foi submetido nesta semana.

Além de Tuma, fazem parte da equipe que acompanha o presidente o cardiologista Roberto Kalil Filho, o neurocirurgião Marcos Stávale e Ana Helena Germoglio, médica do presidente.