A delegação da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que viajou na quinta-feira (3) ao Níger para tentar negociar uma solução à crise não conseguiu ter uma reunião com o líder dos militares golpistas e deixou o país algumas horas depois, informou nesta sexta-feira um de seus integrantes.

“Os emissários da CEDEAO partiram na noite de quinta-feira depois que não conseguiram se reunir com o líder dos militares que tomaram o poder na semana passada, o general Abdourahamane Tiani, nem com o presidente derrubado, Mohamed Bazoum”, afirmou a fonte.

A delegação era liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar e tinha como objetivo “apresentar as demandas dos líderes da CEDEAO”, de acordo com um comunicado divulgado pela presidência da Nigéria.

A CEDEAO adotou sanções econômicas contra o Níger e deu prazo de uma semana, que expira no próximo domingo, para que Bazoum, derrubado em 26 de julho, retorne ao poder, sob a ameaça de um possível uso da “força”.

A organização regional destacou, no entanto, que uma intervenção militar é “a última opção sobre a mesa”.

Os golpistas alertaram na quinta-feira que responderiam de forma imediata a qualquer “agressão ou tentativa de agressão contra o Estado do Níger” por parte da CEDEAO.

Os comandantes militares dos países da CEDEAO estão reunidos na capital da Nigéria, Abuja, para examinar a situação no Níger.

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