O saltador britânico Tom Daley foi taxativo ao pedir a exclusão de países que matam ou criminalizam gays da Olimpíada de 2024, que será realizada em Paris, na França.

“Nos últimos Jogos Olímpicos havia mais atletas LGBTQIA+ do que em qualquer uma das Olimpíadas anteriores juntas, o que é um grande passo à frente”, disse o campeão olímpico da plataforma de 10m.

“Mesmo assim, ainda existem 10 países que punem ser gay com a morte, que ainda foram autorizados a competir nos Jogos Olímpicos. Isso é bastante chocante para muitas pessoas”, lamentou o campeão olímpico de 27 anos.

“É muito bom falar sobre essas coisas, mas acho que é realmente importante tentar criar mudanças, em vez de apenas destacar e iluminar essas coisas”, avaliou.

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Medalha de ouro no salto sincronizado ao lado de Matty Lee, Tom ressaltou que tem “sorte” de ter nascido em solo britânico, onde ele pode ser quem é realmente.

“Para aqueles 10 países onde você não pode ser você mesmo, eles não deveriam ter permissão para estar nos Jogos Olímpicos – ou definitivamente não ter permissão para sediar os Jogos Olímpicos”, frisou.

“Eu acho que não deveria ser permitido que um evento esportivo fosse sediado em um país que criminaliza contra os direitos humanos básicos”, completou.

Declaradamente gay, Daley disse ainda que considera uma “missão” buscar melhorias nos direitos dos homossexuais em nações que punem até com a morte o ato de se relacionar com pessoas do mesmo sexo.

“Quero tornar minha missão antes das Olimpíadas de Paris em 2024 fazer com que os países que criminalizam e tornam as pessoas LGBTQIA+ passíveis de pena de morte não possam competir nos Jogos Olímpicos.”

“Eu realmente quero tentar no próximo ano [2023] ou mais trabalhar com o COI ou alguém para tentar criar algum tipo de mudança.”, finalizou.