Bruno Fratus, medalhista de bronze nos 50m livre nas Olimpíadas de Tóquio, afirmou que o resultado no Japão ainda não foi o melhor que ele pode oferecer. Para ele, com um sistema de treinamento mais inteligente e um ciclo mais curto, sua versão mais rápida pode acontecer nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. As informações são do GE.

“Acho que nunca sorri tanto quanto naquele dia. Foi uma nadada que eu poderia fazer em qualquer dia de treino. Isso me mandou a mensagem de que ainda tenho mais para mostrar. E este é um ciclo mais curto, de três anos, o que faz muita diferença”, declarou Bruno.

Uma vez em Tóquio, o nadador precisou lidar com as lembranças vivas de Londres 2012, onde ficou a 0s02 do pódio, e da Rio 2016, onde teve de se contentar com um sexto lugar diante da torcida brasileira. “Em Tóquio eu tive um pouco a sensação de ‘agora ou nunca’. Se as coisas não tivessem corrido bem, eu seria um ex-nadador. Essa é a diferença que uma boa prova pode fazer”, afirmou.

Fratus também comentou que não quer repetir erros de treinamento que cometeu após a Rio 2016. “Isso custou minha saúde mental naquela época e quase custou meu ombro. Tenho 32 anos agora, não posso treinar como um jovem. Então, estamos tentando ser um pouco mais inteligentes para atingir o pico quando for mais importante. Se conseguirmos uma prova perfeita em um bom dia, podemos estar no topo, quebrar um recorde… isso me faz continuar”, disse.

Ainda neste mês, Bruno irá disputar três eventos do circuito Mare Nostrum. No próximo mês, o alvo do nadador será o Campeonato Mundial, que acontecerá em Budapeste. Seus principais rivais nos 50m continuam sendo o americano Caeleb Dressel e o francês Florent Manaudou, que ocuparam o primeiro e segundo lugar no pódio de Tóquio, respectivamente.

“Eles são dois animais, extremamente competitivos e não dão espaço. Adoro competir com esses caras porque sei que estou dando o meu melhor na piscina”, relatou Fratus.

Desta vez, Bruno vai para o Mundial contra os rivais com um peso tirado dos ombros em relação ao nadador com o qual estavam acostumados a competir. “Antes eu sentia que faltava alguma coisa. Tinha muito orgulho da minha carreira, mas você precisa da medalha olímpica para fechar o negócio. E agora eu sinto que estamos indo para a cereja no topo do bolo”, explicou. “Eu estabeleci uma meta aos 11 anos de idade. Passei 21 anos da minha vida perseguindo algo. Então dá uma paz de espírito quando você finalmente alcança”, concluiu Fratus.