Após dez anos longe, a banda britânica McFLY voltou a tocar em solo brasileiro na noite da última terça-feira (17). Nem mesmo o frio que chegava a São Paulo espantou os fãs que chegaram a passar horas na fila para primeira das seis apresentações da turnê “Young Dumb Thrills”. O retorno do grupo é aguardado desde 2019, quando os shows foram anunciados para o ano seguinte e, posteriormente, adiados por causa da pandemia da Covid-19.

O grupo, formado por Harry Judd, Tom Fletcher, Danny Jones e Dougie Poynter, não escondeu a felicidade de estar pisando novamente em um palco no Brasil. Em resposta aos três anos de hiato da banda, Jones mostrou a todos que ainda tem o dom para encantar o público.

“É ótimo estar de volta, Brasil. Sentimos saudades,” disse. E até arriscou um “obrigado” e “tudo bem” em português, com ajuda de uma “cola” anotada na palma da mão.

Mesmo com os ingressos não esgotados (a apresentação de terça foi a “extra” e a desta quarta, a “oficial”, já não tem ingressos disponíveis), o público se divertiu durante o show que aconteceu no Espaço Unimed, antigo Espaço das Américas. Com uma plateia formada predominantemente por adultos, não teve quem não voltasse à adolescência quando a luz baixou e o palco foi tomado por luzes vermelhas com o início da música “Red”, que faz parte do álbum “The Lost Songs”.

Os artistas mostraram que os vinte anos de carreira fizeram com que eles aprendessem a lidar com imprevistos no palco e fora dele. Fletcher anunciou momentos antes do show que estava sem voz, o que o impediu de cantar boa parte das músicas. Já no palco, a banda teve problema com os instrumentos. “Estamos tendo problemas técnicos. Mas fazemos isso há 20 anos, então sabemos como fazer isso. Nada vai nos parar,” afirmou Poynter logo na segunda música da apresentação. E, de fato, não parou.

Com músicas antigas e novas mescladas em um setlist nostálgico de 21 músicas, McFLY fez com que os fãs pulassem ao som de “One For The Radio” e “Lies”, mas também teve os que se emocionaram com a versão acústica de “Walking In The Sun”.

Em meio a tanta comoção, a banda parou a música “Ultraviolet” para socorrer uma fã, que eles acreditavam que estava passando mal. Porém, na verdade, a jovem tinha apenas perdido o seu celular, o que gerou brincadeiras dos cantores. “Se mais alguém perder o telefone, não sinta vergonha de nos contar,” disse Poynter.

O shows no Brasil são sempre marcados por pedidos de músicas que não estão no setlist e que raramente são cantadas em shows.

Seguindo uma tradição que vem desde as primeiras apresentações no finado Via Funchal em 2003, os fãs pediram a música “No Worries”. Jones chegou até a brincar falando que não se lembrava “nem das músicas que tinham ensaiado”, quem dirá de outras. Mas os pedidos em uníssono convenceram Fletcher e os demais a arriscarem alguns versos.

A apresentação também foi marcada por manifestações políticas por pare do público, como também aconteceu no Lollapalooza. “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*” e gritos a favor de Lula tomaram conta da plateia – apesar do grupo não parecer apoiar protestos durante apresentações, já que Jones disse: “Ahn… Podemos começar a próxima música?”.

A banda ainda surpreendeu ao fazer um medley de “5 Colors in Her Hair”, uma de suas músicas mais conhecidas, com “Bad Guy”, de Billie Eilish. Jones também se arriscou em um JAM, uma sessão de rap improvisada, ao apresentar os integrantes da banda antes do show ser encerrado com “The Heart Never Lies”. Ainda seguindo tradições, a banda trocou um dos versos da música para os fãs. O trecho “It’s not always easy, but I’m here forever” [Nem sempre é fácil, mas eu sempre estarei aqui], virou “It’s not always easy, but McFLY is here forever” [Nem sempre é fácil, mas McFLY estará sempre aqui].

Para encerrar as quase duas horas de apresentação, Jones agradeceu a presença do público: “Não acredito que vocês voltaram mesmo depois de 10 anos!”. Além de terem deixado lembranças para sempre naqueles que esperaram por tanto tempo o retorno da banda, os artista também jogaram palhetas, baquetas e até uma bandana na plateia.

“Vocês são umas das plateias mais barulhentas e talentosas que já tivemos”, disse Jones encerrando a primeira noite de apresentações da turnê. Com saltos, gritos e poses, McFLY mostrou aos fãs que eles ainda são os mesmos de dez anos atrás.

McFLY faz show em São Paulo, no Espaço Unimed. (Crédito:Breno Galtier/T4F @t4f @espacodasamericas)
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