Os gigantes do setor de alimentação McDonald’s e Tesco assinaram um acordo “histórico” para não estender a pesca de bacalhau a partes ainda intactas do Ártico, onde o derretimento das geleiras gerou temores sobre uma corrida nas áreas inexploradas, disse a organização Greenpeace na quarta-feira.

“Este é um acordo histórico que reúne os principais atores na pesca do bacalhau” no Mar de Barents e no Mar da Noruega, disse Frida Bengtsson, especialista em ambiente marinho do Greenpeace.

“Na ausência de proteção legal significativa das águas geladas do Mar de Barents, no norte, este é um passo sem precedentes da indústria de frutos do mar”, completou Bengtsson.

O acordo, que foi assinado por fornecedores globais de frutos do mar, assim como pelas redes de varejo britânicas Tesco, Sainsbury’s e Marks and Spencer, proíbe ampliar a área onde é feita a pesca de arrasto de profundidade ao redor do arquipélago de Svalbard, território ártico norueguês.

Este método exige um mapeamento do fundo do mar para determinar a fragilidade de uma área antes de que ela seja liberada para a pesca.

O acordo, que foi intermediado pelo grupo ambiental Greenpeace, marca a primeira vez que a indústria de frutos do mar impôs voluntariamente limitações na pesca industrial no Ártico, e determina que as companhias que estendam suas atividades para águas não exploradas não poderão vender bacalhau para as principais marcas de frutos do mar e varejistas.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Atualmente, 189 barcos com redes de arrasto têm licença para pescar nas águas geladas de Svalbard, onde 800.000 toneladas de bacalhau são pescadas por ano, de acordo com o Greenpeace.

gab/je/kjl/db/mvv

J. SAINSBURY PLC

MCDONALD’S

MARKS AND SPENCER GROUP

TESCO


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias