Na última sexta-feira, 23, estreou no Globoplay a série documental “MC Daleste – Mataram o Pobre Loco”. Em quatro capítulos, o documentário investiga o assassinato de Daniel Pellegrini, mais conhecido MC Daleste – funkeiro paulista baleado no palco em 2013, durante um show em Campinas, São Paulo. A docussérie revela novas pistas e testemunhas do crime, que continua sem resolução.

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A obra ainda conta com participações de artistas como Gloria Groove, Mc Livinho, Mc Hariel, Mc Davi, Mc Kauan e os irmãos Carol e Rodrigo Pellegrini. A direção é de Eliane Scardovelli e Guilherme Belarmino, com roteiro de Scardovelli e Caio Cavechini.

A IstoÉ Gente relembra o assassinato de MC Daleste que ainda nos dias de hoje choca muita gente, além de deixar dúvidas sobre o caso. Confira!

No dia 7 de julho do ano passado, o assassinato de Daniel Pedreira Sena Pellegrini, o MC Daleste, completou 10 anos. O crime aconteceu em Campinas, durante um show para cinco mil pessoas em uma festa julina no CDHU do bairro San Martin. Até hoje, ninguém foi preso pelo crime.

Daleste morreu aos 20 anos, no auge da sua carreira. Na época, o funkeiro se destacava dentro do estilo “funk ostentação” na periferia de São Paulo. Ele foi atingido por dois tiros quando estava em cima do palco e cantava para uma multidão. O primeiro disparo o atingiu de raspão na altura do braço. O cantor não percebeu o ferimento e continuou com o show. Na sequência, acabou atingido com um segundo tiro que o acertou no tórax.

O MC foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Paulínia onde morreu durante uma cirurgia. O laudo divulgado pelo IML (Instituto Médico Legal) apontou que disparo o atingiu no tórax e perfurou o estômago, o fígado e o pulmão direito.

Investigação da morte

A reconstituição do crime no local foi feita pela Perícia Criminal uma semana após sua morte. Segundo estudos técnicos do Instituto de Criminalística (IC), os tiros que mataram Daleste foram feitos a mais de 40 metros de distância do palco, local onde havia uma casa em construção. Os tiros teriam sido dados a uma altura de 1,70m a 1,80m do solo. A polícia também não conseguiu precisar qual arma foi usada no crime, porque não foi encontrado nenhum projétil.

De acordo com a polícia, o crime foi praticado por um “profissional”, que sabia manusear a arma, estava longe de testemunhas, atingiu o funkeiro em movimento e não deixou vestígios.O intervalo estimado em 40 minutos entre o fato e a comunicação recebida pela PM também comprometeu a preservação do local.

Sem suspeitos, na época a polícia trabalhou com duas principais hipóteses, de crime passional ou desavença com o contratante do show. Na época uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que o funkeiro foi assassinado por ter se envolvido com a namorada de um integrante de uma facção criminosa. O que também não foi comprovado.

Em 2014, os inquéritos foram transferidos de Campinas para São Paulo, para ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. No entanto, devido à falta de provas, em junho de 2016, a Secretaria Estadual da Segurança Pública encerrou as investigações sobre o crime sem que houvesse qualquer conclusão de autoria ou motivação.

Em julho de 2020 a família da vítima pediu reabertura do inquérito, no entanto, como não foi apresentada nenhuma nova informação ao fato, a solicitação foi indeferida pelo Poder Judiciário.