Uma das principais revelações do funk carioca atual, Bianca Azevedo Leal, conhecida como MC Bianca, vem ganhando cada vez mais notoriedade na internet. A razão do sucesso foi a explosão, no YouTube, da música Tudo no Sigilo. O funk lidera o ranking das músicas mais virais em plataforma como Spotify, Youtube e TikTok, somando mais de cem milhões de visualizações.
A funkeira tem uma história incrível. Ela saiu de Campos dos Goytacazes, interior do estado do Rio de Janeiro, aos 16 anos para tentar realizar seu sonho de ser cantora na capital carioca. Com uma “mesada” de R$ 200 por mês no bolso, ela dormiu no chão, morou de favor e ralou muito para romper a sina de diversos artistas pobres e brilhar.
Na última segunda-feira (22), MC Bianca participou da live da IstoÉ Gente. Na entrevista com o jornalista Rafael Ferreira, a cantora contou sobre a relação com a música, se emocionou ao revelar sua vida difícil na barriga da miséria, falou sobre os dias que sofreu com necessidade alimentar, do cotidiano de vendedora ambulante na praia até à fama, que hoje não é pouca. “A galera não me valorizava, ficava de costas pra mim nos shows”, lembra.
MC Bianca atribuiu seu sucesso, evidentemente, à luta, perseverança e resiliência, mas, acima de tudo, porque ela caiu nas graças de subcelebridades e influenciadores digitais como a ex-BBB Bianca Andrade, Aline Riscado, Suzana Freitas, Tati Zaqui e Carlinhos Maia.
A jovem cantora, que também tem usado muito suas redes sociais para fazer alertas aos seus conterrâneos para ficarem em casa o máximo que puderem durante a pandemia, conta que tem aproveitado o período de distanciamento social por conta do novo coronavírus para produzir conteúdo para entreter os fãs. “Estou muito feliz por toda a repercussão que minha música vem ganhando, não só no Brasil”, diz e antecipa. “Agora vou participar de um FIT internacional com uma cantora espanhola, super conhecida, que adoro”, conta, sem revelar o nome da artista.
Em entrevistas, MC Bianca tem dito que acredita que o fato das pessoas estarem em quarentena tem ajudado muito o boom musical, pois as pessoas estão consumindo mais músicas durante esse período. A funkeira disse na live que sofreu muita discriminação pelo fato de assumir que tem atração por ambos os sexos e pelo seu estilo musical. “Existe muito preconceito das pessoas contra a participação das mulheres no funk”, avalia. Mais que isso, “sofri muito com o fato de assumir que sou bissexual”, conclui.