Senadores ouvem nesta terça-feira, dia 25, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, a secretária do Ministério da Saúde Dra. Mayra Pinheiro, conhecida como “capitão cloroquina”. Defensora do uso de medicamentos sem a eficácia comprovada para tratar a covid-19, Mayra foi citada pela maioria das pessoas que ocuparam a cadeira de testemunha do colegiado como alguém próxima ao presidente Jair Bolsonaro – e que pode tê-lo aconselhado em temas relacionados à questão da pandemia.

Mayra deve ser questionada pelos senadores sobre sua defesa de medicamentos como a Cloroquina para o tratamento da covid, e sobre sua possível participação em um “ministério paralelo” ao Ministério da Saúde, que aconselhava o presidente sobre questões relacionadas à pandemia.

A médica comparece à CPI na posição de convidada – apesar de senadores da oposição terem discutido que ela fosse convocada como testemunha. A doutora, contudo, pleiteou no Supremo Tribunal Federal (STF) um Habeas Corpus para garantir o direito de permanecer em silêncio em perguntas que pudessem a autoincriminar, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, no entanto, o pedido foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Outro tema que deve ser abordado pelos integrantes do colegiado, é a participação da doutora na produção do aplicativo TrateCov. O aplicativo recomendava o uso de antibióticos, cloroquina, ivermectina e outros fármacos para náusea e diarreia ou para sintomas de uma ressaca, como fadiga e dor de cabeça, inclusive para bebês.