A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu desculpas aos líderes caribenhos, nesta terça-feira (17), pela ameaça de deportação dos imigrantes desses países que chegaram ao Reino Unido nos anos 1950 e 1960.

Em uma reunião em Downing Street, coincidindo com a cúpula da Commonwealth que acontece esta semana em Londres, May lhes disse: “quero me desculpar diante de vocês hoje. Porque lamento, sinceramente, a ansiedade causada”.

“Quero dissipar qualquer impressão de que meu governo esteja, de algum modo, perseguindo os cidadãos da Commonwealth, em particular os do Caribe”, destacou.

O governo de May causou indignação por seu assédio aos caribenhos que chegaram ao Reino Unido entre 1948, quando o navio “Windrush” fez um primeiro grupo de jamaicanos chegar ao país, e os anos 1970.

Batizado de “geração Windrush”, o grupo foi convidado a reconstruir o Reino Unido depois da Segunda Guerra Mundial – quando muitos deles eram legalmente britânicos, ao terem nascido antes da independência de seus países -, recebendo, depois disso, um visto de residência por tempo indeterminado.

Aqueles que não conseguiram comprovar, exaustivamente, por meio de documentos cada ano vivido no Reino Unido se viram ameaçados de deportação e, em alguns casos, privados de serviços sociais básicos.

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A polêmica foi particularmente delicada para May e seu governo, ao explodir em meio à cúpula da Commonwealth em Londres e no momento em que o Reino Unido se volta para suas ex-colônias como alternativa à União Europeia (UE), agora que decidiu abandonar o bloco.

O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, respondeu que quer uma resposta “rápida” para o problema. Holness lembrou que os afetados “contribuíram significativamente para a construção e para o enriquecimento do país”.


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