Como será que Mavie reagiu à chegada da pequena Mel? Essa é a dúvida de muitos fãs da família de Neymar. Em uma interação com seus seguidores no Instagram, por meio da caixinha de perguntas, Bruna Biancardi aproveitou para contar como tem sido a rotina desde o aumento da família.
A influenciadora contou que está se esforçando para dividir seu tempo entre as duas filhas, mas que tem se preocupado em dar mais atenção para a primogênita, que tem 1 ano e 8 meses.
“Mavie é muito carinhosa com a irmã, mas o desafio realmente existe. Ela tem apresentado alguns episódios de birra e está mais apegada a mim”, explicou.
Bruna também comentou sobre o sentimento de culpa que muitas mães enfrentam: “A gente se culpa o tempo todo, né? Quando estou dando atenção para uma, fico me sentindo mal por não estar com a outra, e o contrário também acontece.”
Mel nasceu na madrugada do dia 5 de julho, através de uma cesariana não planejada. A bebê veio ao mundo no Hospital São Luiz Star, em São Paulo, ainda nas primeiras horas do dia.
Segundo Telma Abrahão, neurocientista e especialista em Desenvolvimento Infantil, essas mudanças são esperadas. “A chegada de um novo bebê transforma completamente a dinâmica da casa. O filho mais velho perde o lugar exclusivo no colo, no olhar e na rotina dos pais, e isso impacta profundamente a sensação de pertencimento e segurança da criança”, afirma a reportagem de IstoÉ Gente.
A especialista explica que birras, maior necessidade de colo, regressões — como voltar a fazer xixi na cama — ou crises de choro podem ser sinais de que o sistema nervoso da criança está tentando se reorganizar. “Esses comportamentos não são ‘ciúmes feios’ nem manipulação. São expressões emocionais legítimas de alguém que ainda não sabe nomear o que está sentindo, mas sente intensamente.”
Diante disso, Telma reforça um ponto essencial: “A mãe não precisa se culpar. O que está acontecendo é natural, e existem caminhos mais leves para lidar com isso.”
Entre as orientações da especialista, estão:
- Nomear e validar os sentimentos da criança: “Eu vi que você ficou triste porque queria brincar comigo e eu estava com o bebê. Vamos ficar juntos assim que a mamãe terminar de cuidar dele, ok?”
- Criar momentos de exclusividade, mesmo que breves, com presença total: “Um tempo de exclusividade por dia pode fazer uma enorme diferença para a segurança emocional da criança.”
- Evitar comparações ou frases que reforcem rivalidade, como “você já é o mais velho” ou “seu irmão é bonzinho”.
- Incluir o filho mais velho nos cuidados com o bebê, sem obrigá-lo, para que ele se sinta pertencente.
- E, talvez o mais importante: cuidar do seu próprio emocional. “Mães culpadas ou exaustas tendem a se irritar mais facilmente ou tentam compensar demais, o que pode gerar ainda mais tensão. Acolher o próprio cansaço também é um ato de amor.”
Para Telma, o segredo está no olhar. “Na dúvida, olhe para seu filho como alguém que precisa de ajuda para lidar com uma nova realidade, e não como alguém que está ‘dando trabalho’. É com esse olhar que se constroem vínculos fortes, mesmo nos momentos mais desafiadores.”