Mauro Cid retira tornozeleira eletrônica após audiência no STF

Tenente-coronel começa a cumprir pena em regime aberto após não apresentar recurso no inquérito da trama golpista; pena pode ser reduzida nos próximos dias

EVARISTO SA / AFP
Mauro Cid durante conversa com seus advogados no STF Foto: EVARISTO SA / AFP

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do Palácio do Planalto, retirou a tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira, 3, após uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, Cid começa a cumprir a pena de dois anos de prisão em regime aberto imposta pela Corte no inquérito da trama golpista.

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Cid foi delator no inquérito que investigou a articulação do plano golpista após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. A colaboração premiada fez com que ele recebesse a pena mais baixa do núcleo crucial da trama. Por conta disso, a defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro decidiu não entrar com embargos de declaração, recurso que questiona o tempo de condenação imposta pelos ministros.

Na semana passada, Moraes determinou que ele começasse a cumprir a pena, sem poder sair de casa ou deixar o país. O militar ainda não poderá usar as redes sociais, não terá porte de armas e não poderá manter contato com os réus no processo. A pena de Cid ainda poderá ser reduzida nas próximas semanas. Moraes pediu para que o prazo em que Cid esteve preso em Brasília seja calculado pela Vara de Execuções para saber se ele já cumpriu, ou não, o tempo da pena imposta.

Além de Mauro Cid, outros sete réus foram condenados no inquérito da trama golpista. Bolsonaro, por exemplo, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a cúpula. Os ex-ministros Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira também estão no rol de condenados no processo. Completam a lista o deputado federal Alexandre Ramagem e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos.