O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está nesta tarde em uma audiência com o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, para tentar salvar o seu acordo de delação premiada após o vazamento de áudios.

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O novo depoimento do ex-ajudante de ordens se dá após a revista “Veja” revelar áudios nos quais Cid afirmou que o inquérito da Operação Tempus Veritatis é uma “narrativa pronta”, que o ministro Alexandre de Moraes já tem a sentença dos investigados e revelou uma mágoa com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

As gravações podem respingar diretamente na delação premiada de Mauro Cid, por isso o gabinete de Moraes decidiu intimá-lo novamente, visto que as revelações do tenente-coronel abasteceram uma série de inquéritos que miram Bolsonaro e seus aliados.

O depoimento de Cid acontece 10 dias depois de ele ter comparecido à PF para ser ouvido pela sexta vez. Essa oitiva teve duração de mais de nove horas, em que o tenente-coronel confirmou detalhes sobre uma série de encontros com a presença de Bolsonaro para debater a respeito de um suposto plano de golpe de Estado.

Além disso, o depoimento aconteceu depois de ele e o ex-presidente serem indiciados por associação criminosa devido à inserção de dados falsos nas carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha dele, Laura, de Cid, da sua esposa e filhas.

*Com informações do Estadão Conteúdo