Maurício Kubrusly deve receber alta hoje após internação na UTI

Jornalista de 80 anos deve deixar hospital nesta terça-feira e seguir para sua casa no sul da Bahia

Maurício Kubrusly
Maurício Kubrusly Foto: Reprodução

Após passar por um período de internação na Unidade de Terapia Intensiva, o jornalista Maurício Kubrusly, de 80 anos, deverá deixar o Hospital Santa Casa da Misericórdia de Itabuna, no sul da Bahia, nesta terça-feira, 16. A informação apurada indica que ele seguirá para sua residência em Serra Grande, também na Bahia. Procurada, a unidade de saúde ainda não respondeu aos contatos, e não há detalhes públicos sobre a causa da internação.

Na segunda-feira, 15, o hospital confirmou que Kubrusly havia sido internado na UTI, mas informou que, a pedido da família, não seria divulgado boletim médico. O jornalista vive no sul baiano desde que recebeu o diagnóstico de demência frontotemporal (DFT), condição tornada pública em agosto de 2023, durante uma edição especial do Fantástico que celebrou os 50 anos do programa.

Maurício Kubrusly encerrou sua trajetória na TV Globo em maio de 2019, após 34 anos na emissora. Na época, ele já estava afastado das atividades profissionais havia alguns meses por questões de saúde. Depois de descobrir a doença, o jornalista chegou a considerar a possibilidade de recorrer à eutanásia, ideia da qual desistiu após conversa com a esposa. A DFT, que também acomete o ator Bruce Willis, costuma ter como primeiros sinais mudanças de comportamento e de humor.

Reconhecido por reportagens que exploravam o Brasil fora do eixo dos grandes centros, Kubrusly ficou marcado pelo quadro Me Leva, Brasil, exibido entre 2000 e 2017. Sua carreira foi tema de um documentário disponível no Globoplay, intitulado “Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí”, produzido pela equipe de jornalismo da TV Globo.

Trajetória profissional

Com experiência em jornais, rádio e televisão, Maurício Kubrusly ingressou na TV Globo nos anos 1980. No Fantástico, alcançou notoriedade nacional ao apresentar histórias de brasileiros que viviam em regiões pouco conhecidas do país, por meio do Me Leva, Brasil.

Ao longo de 16 anos no ar, o projeto levou o jornalista a mais de 150 cidades e resultou em cerca de 400 mil quilômetros percorridos pelo território brasileiro. Em dezembro de 2024, essa trajetória foi revisitada no documentário lançado no Globoplay, que reúne imagens de arquivo e relatos de colegas e amigos.

A produção foi reconhecida em 2025 com o prêmio anual da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).