CORMONS, 17 NOV (ANSA) – Um deslizamento de terra causado pelo mau tempo na noite desta segunda-feira (17) deixou ao menos dois desaparecidos e 300 desabrigados no Friuli Veneza Giulia. O fenômeno climático atingiu diversas cidades da província de Gorizia, além do município de Palmanova, pertencente à Udine.
O deslocamento de lama soterrou uma residência geminada de três andares em Brazzano di Cormons, em Gorizia, onde as equipes de socorro buscam por um alemão de 35 anos e por uma idosa, que não teve a idade revelada. Um terceiro idoso foi retirado com vida do local e transferido ao hospital.
Em apenas seis horas, a cidade recebeu 152 milímetros de chuva, levando ao transbordamento do rio Judrio, que causou diversos alagamentos, assim como ao deslizamento de terra em áreas de encosta, que destruiu por completo a estrutura que abrigava as casas do alemão, imigrado há pouco tempo para a Itália, e do casal de idosos.
O prefeito de Cormons, Roberto Felcaro, decretou o fechamento de todas as escolas do município, incluindo as creches. A medida se refere às “condições climáticas excepcionalmente adversas que afetam o município”, às “inundações em algumas áreas da cidade, que estão causando grandes transtornos no trânsito, impossibilitando a garantia de segurança e acessibilidade das vias de acesso às escolas locais” e, em particular, ao deslizamento de terra no povoado de Brazzano, que “deu origem, neste momento, às buscas por pessoas desaparecidas”.
Na mesma província, em Dolegna del Collio , uma inundação foi registrada no restaurante estrelado “L’Argine a Vencò”, da chef Antonia Klugmann.
“Estamos debaixo d’água esta noite. O socorro ainda não chegou. A área virou um lago, com geladeira e celulares desligados. Os cômodos, recentemente reformados, estão completamente destruídos”, escreveu Klugmann nas redes sociais.
O chefe da Proteção Civil do Friuli Veneza Giulia, Riccardo Riccardi, informou que cerca de 300 pessoas ficaram deslocadas em Versa di Romans d’Isonzo e por isso, as autoridades buscam abrigos e alimentos para atendê-las.
“Estávamos prevendo um mau tempo, mas não com esse impacto e com essas consequências”, declarou Riccardi.
Já em Palmanova, província de Udine, o porão do hospital local está alagado, mas sem causar problemas aos pacientes.
(ANSA).