BELLUNO E VENEZA, 03 NOV (ANSA) – Os deslizamentos de terra que devastaram florestas e mataram ao menos cinco pessoas no Vêneto, nordeste da Itália, deixaram a região “de joelhos”, segundo as palavras do governador Luca Zaia.
De acordo com ele, ao menos 100 mil hectares de bosques foram levados ao chão nos arredores das Dolomitas, cordilheira dos Alpes italianos tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
“Estamos trabalhando, temos o Exército presente, a Proteção Civil, o Corpo de Bombeiros e os voluntários de várias regiões para fazer frente a uma situação de devastação total, com casas destruídas e uma centena de estradas inviabilizadas. Estamos de joelhos”, disse Zaia.
Em visita à província de Belluno, o diretor do Departamento de Proteção Civil Nacional, Angelo Borrelli, disse que a situação na região é “apocalíptica”. “A Itália toda está sofrendo, mas a situação é mais difícil nesse território”, afirmou.
Zaia estima em pelo menos 1 bilhão de euros os danos provocados pelo mau tempo no Vêneto. Uma barragem na zona de Comelico, no Vale Visdende, foi completamente tomada por árvores arrancadas pelas tempestades.
Outras regiões – Deslizamentos de terra também devastaram bosques inteiros nas regiões de Trentino-Alto Ádige e Friuli Veneza Giulia, que fazem fronteira com o Vêneto. Em Tarvisio, na província de Údine, uma floresta de coníferas usadas na fabricação de violinos Stradivarius sofreu graves danos.
Até o momento, a Itália contabiliza ao menos 16 mortos pelo mau tempo desde o início da semana. (ANSA)