O massagista Henrique da Silva, conhecido como “Henrique Natureza”, de 52 anos, foi indiciado nesta quarta-feira (22) pela Polícia Civil por importunação sexual. Vítimas relataram que sofreram o crime durante um procedimento chamado “pump”, também conhecido como “levanta bumbum”, dentro da clínica do profissional, localizada em Belo Horizonte (MG). As informações são do G1.

Segundo a advogada Thalita Arcanjo, que representa cinco vítimas, essa não foi a primeira vez que o massagista responde pelo mesmo crime. Em 2020, ele foi condenado, mas teve a prisão preventiva substituída por restrição de direitos.

“Precisamos encorajar as outras vítimas, é um crime de violação sexual mediante fraude, é um estelionato sexual. É muito triste e muito sério”, disse a advogada ao G1.

Nesse último caso, Henrique aguarda o andamento do processo em liberdade, de acordo com a Polícia Civil.

A Delegacia Especializada em Investigações à Violência Sexual informou que alguns dos últimos casos registrados ocorreram em 2020, mas isso não impediu a produção de provas suficientes para embasar o indiciamento do massagista.

Relatos das vítimas

Uma das vítimas relatou à Polícia Militar que conheceu Henrique por meio das redes sociais. Ele percebeu que ela é influenciadora e ofereceu um pacote de serviços em troca da divulgação da sua clínica.

O massagista ofereceu o procedimento “pump”, mas ela recusou e disse que queria apenas massagens na região da barriga e pagaria por isso. No entanto, ele insistiu e a mulher acabou aceitando.

Ela compareceu à clínica na data marcada para iniciar o procedimento. A mulher informou que, durante a sessão, o massagista passou as mãos em suas partes íntimas de maneira agressiva e só parou quando ela reclamou.

Conforme o boletim de ocorrência, “a declarante ressaltou que após o procedimento passou a sentir dores nas partes íntimas devido à violência sofrida”.

Outra vítima disse à polícia que Henrique passou uma quantidade exagerada de óleo em seu corpo e, durante a massagem, introduziu um de seus dedos na sua vagina.

A reportagem do G1 não conseguiu contato com a defesa do indiciado até o momento.