A Justiça alemã solicitou, nesta quinta-feira (29), a prisão de uma funcionária de um estabelecimento para deficientes perto de Berlim, suspeita de ter matado quatro pessoas e ferido gravemente uma quinta, por razão ainda não esclarecida.

As vítimas, dois homens e duas mulheres, foram esfaqueadas na quarta-feira à noite no estabelecimento de Potsdam, cidade ao lado de Berlim, de acordo com o jornal Bild.

Os ferimentos sofridos pelas vítimas “foram o resultado do uso de violência extrema e intensa”, disse a polícia em um comunicado, incapaz de fornecer detalhes sobre as circunstâncias dos assassinatos ou da arma do crime.

Uma funcionária de 51 anos foi detida sob “fortes suspeitas” de ser a autora dos crimes, acrescentaram os investigadores, especificando que as motivações para os supostos crimes permanecem “indeterminadas” nesta fase.

Sua prisão preventiva foi solicitada, mas não uma possível admissão na ala de psiquiatria, segundo informou à AFP uma porta-voz da Promotoria de Potsdam, Hanna Urban.

Ela será apresentada a um juiz, que decidirá sobre sua prisão preventiva.

A mulher detida até agora se recusou a falar sobre os fatos, disse o Bild. A porta-voz da Promotoria não quis comentar.

Os quatro mortos foram encontrados na quarta-feira à noite em quartos diferentes. Segundo a mídia local, alguns internos viviam desde a infância nessa estrutura especializada, que inclui várias unidades de permanência de longa e média duração.

O estabelecimento Thennelda von Saldern Haus é especializado em acolher e apoiar pessoas com deficiências físicas ou mentais, em particular cegas ou autistas. Cerca de 65 pessoas vivem neste instituto, que emprega mais de 80 pessoas.

O local, administrado por uma empresa diaconal de serviços especializados nas áreas da saúde, educação e emprego, inclui habitação, escolas e oficinas.

Equipes policiais especializadas foram enviadas ao local para coletar evidências, enquanto os moradores de Potsdam colocavam flores e velas na frente do estabelecimento.

O líder da região de Brandenburg, cuja capital é Potsdam, Dietmar Woidke, disse que ficou “chocado com esta notícia horrível”.

“Penso nas vítimas e em seus entes queridos”, declarou, destacando que era um “dia difícil” para sua região.

Por sua vez, o prefeito da cidade, Mike Schubert, considerou que se tratava de um “ato incompreensível”.

Um serviço memorial para as vítimas está agendado para esta quinta-feira à noite, de acordo com Matthias Fichtmüller, do conselho teológico do estabelecimento.