Depois de um ano do ataque na escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, a sepultura de Guilherme Taucci Monteiro, mentor do massacre, recebe visitas de admiradores. Os visitantes chegam até a acender velas para o assassino, de acordo com o portal UOL.
O autor do ataque que matou dez pessoas está enterrado no cemitério São João Batista, próximo da escola. Alguns funcionários admitiram que ficam atentos aos visitantes.
Os funcionários do cemitério São João Batista, a quase 10 quilômetros da escola, desconversam, mas admitem que ficam de olho nos visitantes.
O túmulo abriga Guilherme Taucci Monteiro, o idealizador do ataque, conforme revelaram as conversas por aplicativo de celular e e-mails encontrados pela Polícia Civil.
Ele tinha 17 anos quando, junto de Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, invadiu a escola numa manhã do dia 13 de março de 2019, uma quarta-feira. Eles tentavam imitar o massacre na escola de Columbine, no Estado americano do Colorado, em 1999, quando dois alunos assassinaram 13 pessoas e feriram 24.
Dias antes, Taucci agradeceu pelas dicas que obteve no fórum da deep web Dogolachan: “Nascemos falhos, mas partiremos como heróis”.
Ele tinha 17 anos quando, junto de Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, invadiu a escola numa manhã do dia 13 de março de 2019, uma quarta-feira. Eles tentavam imitar o massacre na escola de Columbine, no Estado americano do Colorado, em 1999, quando dois alunos assassinaram 13 pessoas e feriram 24.
Foi o segundo maior ataque em escolas brasileiras. O maior ocorreu em 2011, quando 12 crianças foram mortas e 13 ficaram feridas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. O assassino, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, cometeu suicídio após ser baleado por um policial.
Após o atentado e a morte dos perpetradores, postagens em rede sociais começaram a preocupar policiais e psicólogos. Em uma troca de mensagens aberta, um suposto adolescente comentou com uma jovem de Suzano que adotou o sobrenome Taucci em seu perfil: “…N faz nem 1 ano que aconteceu e vc tá ameaçando pessoas que estudam la?…”. “Só fui visitar”, ela respondeu.
Alguns são de Suzano e estão em acompanhamento psicológico desde o atentado — nenhum é da escola, apurou a reportagem. A maioria vive em outras cidades e até em outros Estados. Nas conversas há sempre dois elos: Suzano e Columbine. Em outras mensagens, uma garota comenta, não está claro se sobre Taucci ou Castro: “Esse eu pegava”.
Na manhã de quarta-feira, em Avaré, a 321 quilômetros de Suzano, a polícia deteve três adolescentes que pretendiam atacar a escola municipal do bairro Bonsucesso II no aniversário de um ano dos crimes na Raul Brasil.
A polícia monitorava os adolescentes, dois de 16 anos e um de 15 anos, nas redes sociais. Com eles foram encontradas uma carabina com silenciador, três facas, munições de revólver, lâminas de bisturi e uma máscara. As autoridades foram avisadas pela direção da escola, que desconfiou dos jovens.
Para o psiquiatra Rodrigo Leite, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, é impossível afirmar que tanto os criminosos quanto seus admiradores sofram de algum transtorno. “A cultura incel vai demorar para ser devidamente entendida”, disse.mulo-de-assassino-recebe-visitas-de-admiradores.htm?cmpid=copiaecola