A perda de trabalho por milhões de brasileiros derrubou a massa de salários em circulação na economia durante a pandemia do novo coronavírus. A massa de salários na economia encolheu R$ 12,256 bilhões no período de um ano, para R$ 202,478 bilhões, uma queda de 5,7% no trimestre encerrado em agosto de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o trimestre terminado em maio, a massa de renda real diminuiu 2,2%, com R$ 4,587 bilhões a menos.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ocupados teve alta de 3,1% na comparação com o trimestre até maio, R$ 76 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em agosto do ano passado, a renda média subiu 8,1%, R$ 191 a mais, alcançando um recorde de R$ 2.542.

Segundo Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, a renda média vem aumentando porque os trabalhadores com rendimentos mais baixos estão perdendo a ocupação.

“Eu estou comparando com uma base de ocupados em que eu tinha mais trabalhadores com menores rendimentos. Na medida que esses trabalhadores com menores rendimentos saem da ocupação, o rendimento médio aumenta”, esclareceu Adriana.

Houve piora no rendimento efetivo em relação ao habitual entre o trimestre terminado em maio e o trimestre encerrado em agosto. Em maio, os trabalhadores recebiam efetivamente 95,5% do salário habitual. Em agosto, a renda efetiva desceu a 93,0% da renda habitual.

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