A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 20,600 bilhões no período de um ano, para R$ 280,914 bilhões, uma alta de 7,9% no trimestre encerrado em maio de 2023 ante o trimestre terminado em maio de 2022. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o trimestre terminado em fevereiro, a massa de renda real ficou estável (0,0%) no trimestre terminado em maio, com apenas R$ 122 milhões a mais.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma redução real de 0,2% na comparação com o trimestre até fevereiro, R$ 7 a menos, para R$ 2.901. Em relação ao trimestre encerrado em maio de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 6,6%, R$ 179 a mais.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,7% no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Já na comparação com o trimestre terminado em maio de 2022, houve elevação de 11,0% na renda média nominal.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a inflação ainda impacta a renda do trabalho, mas corrói bem menos o poder de compra do salário hoje do que corroía em 2021 e 2022.

“O cenário de inflação hoje é bem diferente do que era há um ano”, disse Adriana Beringuy. “O patamar dela (inflação), o quanto ela corroía do rendimento nominal, hoje é bem menos do que corroía em 2021 e 2022.”