O Martinho é da Vila (Isabel). Tem sotaque, samba e jeito carioca. Entretanto, ele não se esquece de que foi em São Paulo que ele, então sargento do Exército, deu seus primeiros passos na música.

Por isso, o título escolhido por ele para o show, O Carioca Paulista, é totalmente apropriado. “Eu sou carioca, mas, artisticamente, eu nasci em São Paulo, no 3.º Festival de Música Popular Brasileira (1967)”, diz ele, ao Estadão, sobre o evento que foi o pontapé para a Tropicália.

E para desfazer uma antiga rivalidade, ele garante que a afirmação de que São Paulo é o túmulo do samba não corresponde à realidade. “Não concordo, não concordo! Muitos sambas nasceram na cidade que tem Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini como expoentes.”

No repertório, o sambista de 84 anos vai incluir sucessos como Canta, Canta Minha Gente, Casa de Bamzba, Aquarela Brasileira e Mulheres, em um repertório que contempla samba de partido-alto, de roda, de enredo e canções românticas.

Ao fim do show, Martinho vai receber o público para uma noite de autógrafos de seu mais recente livro, Contos Sensuais e Algo Mais. “Não gosto muito de falar sobre meus livros. Gosto que leiam! Posso dizer que é o meu primeiro de contos. Os Sensuais são contos de amor e o Algo Mais traz extras, que não têm muito a ver com sensualidade.” l

Sáb. (24), 22h. Tokio Marine Hall. R. Bragança Paulista, 1.281, Chácara Santo Antônio. R$ 120/R$ 220. bit.ly/martinhosp

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.