Aos 85 anos, Martinho da Vila celebrou os 30 anos de casamento com Cleo Ferreira, em uma cerimônia realizada no sábado, 13, no Teatro J. Safra, em São Paulo, antes de um show do cantor e compositor. O casal renovou os votos de união sob as bênçãos do padre Júlio Lancellotti e com a presença dos quatro filhos do artista, do casamento anterior e também da união com Cleo.

“Dia 13 de maio, celebramos 30 anos com as bênçãos do padre Júlio no palco antes do show”, começou a legenda de um vídeo publicado nas redes sociais de Martinho e Cleo. “Celebrar o amor é sempre muito forte. Para conhecer bem uma pessoa, existe o ditado que fala que é preciso comer um saco de 30 quilos de sal juntos. O sal é o sabor, é o tempero. Comer juntos 30 quilos, leva, provavelmente 30 anos. Então vocês estão no caminho!”, finalizou, creditando as palavras ao padre Lancellotti.

“Como é bonito o amor de vocês, como é sincero e precioso”, disse um fã nos comentários. “Parabéns, Martinho. Sou seu fã e te admiro sobretudo como cidadão de bem pela sua coerência e valores que cultiva. Você merece todas felicidade do mundo”, desejou outro. “Coração transbordando de amor”, declarou uma seguidora. “Que emocionante, Cleo! Vocês merecem mais e mais felicidades!”, disse outra.

Novo álbum

Mesmo contrariado inicialmente, Martinho da Vila – que estava decidido a não lançar mais discos – divulgou a chegada, na última sexta-feira, 12, véspera do aniversário da Abolição da Escravatura no Brasil, o álbum Negra Ópera; um disco “dramático”, na visão do cantor e compositor.

“O Brasil deve muito aos negros. Foram eles que construíram esse país, que mais influenciaram na forma do Brasil de hoje. Influenciaram na língua – o português que se fala aqui não é o de Portugal. E a culinária, que é rica, graças aos negros. E esse modo de falar de tristeza sem cair no profundo desse sentimento”, explica Martinho, ampliando a definição de seu novo álbum, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

No bate-papo, Martinho da Vila ainda falou de racismo. Mesmo jamais tendo sofrido qualquer tipo de discriminação, ele compartilhou uma percepção sobre o que pode ser um preconceito velado. “Nunca estou nessas listas de melhores músicas, melhores compositores que têm todo ano. Isso é um pouco de preconceito, sim”, declarou.