Marta é o maior nome da história do futebol feminino. Aos 37 anos, a alagoana continua à disposição da seleção brasileira e é voz ativa para apontar problemas relacionados à comissão técnica anterior, liderada pela sueca Pia Sundhage.

Em entrevista à Globo, Marta se mostrou descontente com o trabalho desenvolvido por Pia e disse que não houve sinceridade por parte da treinadora, especialmente ao longo da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, em que a seleção brasileira acabou eliminada ainda na primeira fase.

“Eu joguei pouco, e o pouco que joguei não foi na posição que ela (Pia Sundhage) sempre disse que estava me levando. Não houve sinceridade com algumas coisas. Gostaria que quando fosse utilizada, colocada em campo, fosse colocada da maneira que eu sempre joguei. O Mundial foi bastante frustrante, eu imaginei que eu poderia ter vivido de uma maneira diferente”, afirmou Marta.

A seleção brasileira feminina de futebol iniciou recentemente um novo ciclo, agora sob o comando do ex-corintiano Arthur Elias. Campeão de tudo com o clube alvinegro, o novo técnico tem a missão de apagar todos os maus resultados recentes e reconstruir uma equipe que ainda tem Marta como seu grande ícone técnico.

“Ele (Arthur Elias) é muito direto e claro nas ideias e tem essa ousadia que eu gosto. Acho que é isso que a gente, nos últimos anos, acabou perdendo: essa criatividade brasileira de ter um pouco mais de liberdade”, analisou Marta.

A seleção feminina está em Montreal, no Canadá, onde fará dois amistosos com as donas da casa. O primeiro compromisso acontece neste sábado, às 15h30, no Estádio Saputo. Na terça-feira, às 20h30, Brasil e Canadá voltam a se encontrar, dessa vez em Halifax, no Wanderer Grounds.