O capitão da seleção brasileira, o zagueiro Marquinhos, disse nesta terça-feira que os jogadores da Seleção nunca se recusaram a disputar a Copa América em seu país, como garantiram alguns meios de comunicação em meio à turbulência que cercou o torneio continental.

“Em momento algum os jogadores negaram vestir essa camisa. É o nosso sonho de criança, o maior orgulho vestir a camisa da seleção”, disse o zagueiro-central do Paris Saint-Germain após a vitória de 2 a 0 sobre o Paraguai em Assunção, pela oitava rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo do Catar-2022.

“A partir de agora a gente vai ver o que vai ser decidido. Há uma hierarquia”, acrescentou, sobre a esperada postura dos jogadores brasileiros sobre a realização da Copa América 2021, que deve começar no domingo.

A escolha do Brasil como sede há uma semana, após as retiradas de Argentina e Colômbia, provocou uma enxurrada de críticas internas e externas devido à grave situação sanitária no Brasil, segundo país com mais mortes (mais de 474 mil), número superado apenas pelos Estados Unidos.

Os jogadores, apoiados pela comissão técnica, haviam manifestado ao presidente da CBF, Rogério Caboclo, responsável pela logística, seu desconforto por terem sabido da desingação do Brasil pela imprensa, segundo a mídia local.

Os atletas teriam pensado em não participar da competição e teriam até entrado em contato com os líderes de outras seleções para chegar a um consenso.

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Caboclo teria ficado irritado com os jogadores e com o técnico Tite, por apoiar o elenco, o que gerou uma crise na Seleção, que acabou sendo apaziguada no domingo por ordem do Comitê de Ética da CBF para que o presidente se retirasse temporariamente do cargo após denúncia de uma funcionária da entidade que se disse vítima de assédio sexual e moral.

O capitão Casemiro garantiu na sexta-feira, após a vitória por 2 a 0 sobre o Equador, em Porto Alegre, que os jogadores revelariam sua opinião após o jogo desta terça-feira em Assunção.

Líder isolado das Eliminatórias, com pontuação perfeita de 18 pontos em seis jogos, o Brasil venceu o Paraguai pela primeira vez fora de casa desde o dia 16 de junho de 1985, com gols de Neymar e Lucas Paquetá.

“Era esse o objetivo que viemos buscar (…) Foi um jogo de muito alto nível, gostei muito. A seleção paraguaia cresceu muito nos últimos tempos”, acrescentou Marquinhos.

O futuro da tumultuada Copa América no Brasil será definido na quinta-feira, quando o Supremo Tribunal Federal decidir duas ações judiciais contra a realização do torneio mais antigo do mundo.

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