Nos dias 26 e 27 de novembro, o Camp (Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político) promove em São Paulo um seminário para discutir as práticas e tendências de um mercado que pauta o debate público a cada dois anos: o dos marqueteiros políticos.
+Clínica publica ‘antes e depois’ de harmonização facial de Ricardo Nunes, mas apaga post; veja
Com um segundo lote de ingressos na casa dos R$ 990,00, o evento reúne vitoriosos em eleições — Duda Lima, marqueteiro do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e Paulo de Tarso, criador da expressão “Lula lá”, são dois exemplos — e a promessa de transmitir o que está no radar de quem faz campanhas políticas.
Embora esses profissionais não estejam visíveis ao eleitor, a atividade faz parte dos custos das campanhas e é definitiva para as pautas discutidas nos pleitos — marqueteiros elaboram discursos, coordenam a exposição das propostas, atos de rua e os programas eleitorais, exibidos no rádio e na televisão.
“O que aconteceu na campanha [municipal] está na pauta, mas o objetivo é discutir as questões com que estamos, como profissionais da comunicação, preocupados”, disse ao site IstoÉ Bruno Hoffmann, presidente do Camp.
Para Hoffmann, a “batalha institucional” da categoria, cujo trabalho já é requisitado pelos partidos e, por consequência, comunicado aos eleitores, é conquistar o reconhecimento das instituições eleitorais. “Em uma metáfora futebolística, é como se nós fôssemos os ‘treinadores’ dos times de futebol, que são os candidatos. O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] é como se fosse a Fifa, que organiza os campeonatos. Ela precisa reconhecer e ter relação com os treinadores”, afirmou.
Depois de disputas municipais com recordes históricos de falta de participação popular — em São Paulo, a soma de votos brancos, nulos e abstenções superou os votos de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno –, a associação entende que a boa comunicação dos representantes é um dos caminhos para levar os eleitores às urnas e confia no seminário para turbinar o discurso.
“Se convencionou que a comunicação política criava escândalos, problemas [para as eleições], e uma das nossas missões é desmitificar isso. Quanto melhor estruturado for o nosso trabalho, melhor é para o processo democrático. Quanto mais próximos eles [Justiça Eleitoral] estiverem da gente, mais vão entender que a gente faz parte da solução, não do problema”, disse Hoffmann.
Confira a programação completa do evento:
26/11
09h às 09h40
Abertura
– Fala Institucional CAMP
– Fala Institucional ESPM
– Fala Institucional Justiça Eleitoral
09h40 a 11h
Painel 1 – Onde estamos e para onde vamos? A sociedade brasileira, as forças políticas pós-2024 e o processo de decisão do voto.
11h20 à 12h40
Painel 2 – Violência e crimes eleitorais. Como fortalecer a democracia através do marketing político, jornalismo e da justiça eleitoral?
14h40 à 16h
Painel 3 – A massificação do digital como ferramenta de campanha permanente
16h à 17h20
Painel 4 – O papel dos meios de comunicação: vale tudo pela audiência?
17h40 à 19h
Painel 5 – Reforma Eleitoral: mudanças por um pleito mais justo, ético, participativo e com regras que permitam uma comunicação mais eficiente pelo bem da democracia
27/11
09h às 10h30
Painel 6 – Fui eleito, e agora? As melhores práticas para começar bem o seu mandato
10h50 às 12h20
Painel 7 – A campanha presidencial Norte-Americana de 2024
12h20 às 12h30 – Encerramento do Evento