A cantora portuguesa Mariza, de 45 anos, se tornou a maior força renovadora do fado desde a virada do século. Sua voz poderosa de meio-soprano se faz ouvir em uma excursão mundial que chega ao Brasil nesta semana e se encerra em dezembro. Pelo selo Warner Music , ela lança o álbum que leva seu nome ­— o sétimo em 19 anos de carreira. Mariza nasceu em Maputo, de mãe moçambicana e pai português. O pai viveu no Brasil, adorava música brasileira e batizou a filha com o nome de uma de suas cantoras favoritas, Marisa Gata Mansa (1938-2003). A artista começou sua carreira cantando em um navio de cruzeiro que atracava em Salvador. Lá, conheceu o samba e a MPB. “Por isso, a música brasileira faz parte da minha vida”, diz à ISTOÉ. Ela não sabe quantas vezes se apresentou no Brasil ao lado de músicos locais, porém conhece a diferença entre o canto brasileiro e o português: “Vocês choram sorrindo e a gente sorri chorando”. Acompanhada de músicos amigos, apresenta uma mistura de tradição e atualidade. “É como eu sou hoje”, diz. Tom Brasil, São Paulo, 24/5; Sesc Palladium, Belo Horizonte, 25/5; Teatro Bourbon Country, Porto Alegre, 29/5.

3 ditos da fadista

>> Estilo
“A música que eu canto e que tento apresentar em cima do palco — atenção porque não estou pondo um rótulo no fado ­— é um triangulo que une África, Brasil e Portugal”

>> Letras brasileiras
“A mim me encanta essa maneira de escrever daqui, de dizer muitas coisas em poucas palavras, dessa forma mais amorosa, mais romântica, menos dura”

>> Carreira
“Eu gostaria de cantar até os 70 anos. Mais não, porque aí acho que está demais (risos)”

 

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