Mario Frias, secretário especial da Cultura, anda e despacha armado no ambiente de trabalho, deixando a arma visível na cintura. A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S.Paulo, e três fontes que frequentam a secretaria confirmaram o fato ao Splash, do UOL.

De acordo com uma das testemunhas, a arma “gera mal-estar e desconforto entre funcionários e pessoas que se reúnem com o secretário”. A fonte afirmou que o clima nos corredores da secretaria é de tensão recorrente. Há relatos de “escândalos e ofensas” aos gritos, dirigidos a servidores e terceirizados.

“Imagine esse contexto e o seu chefe com arma na cintura. O medo e a sensação de ameaça são constantes”, relatou a testemunha.

Segundo o site da Polícia Federal, Mario tem uma pistola Taurus de calibre .9mm registrada em seu nome. No fim de 2020, Frias obteve a liberação do porte de armas. Ele solicitou o documento em dezembro de 2020, apresentando como justificativa os riscos que correria ao ocupar o cargo de secretário. A carteira de porte tem validade de cinco anos e é válida em todo o território nacional.

“A princípio, com registro de porte, a pessoa pode transitar, tendo como exceção só o que está previsto na lei e nos regulamentos. A não ser que haja alguma regra excepcional no Ministério do Turismo [ao qual a Secretaria Especial da Cultura é subordinada]”, explicou Natalia Pollachi, coordenadora do Instituto Sou da Paz.

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