Além de defender o trabalho de Marcão e afirmar que o goleiro Rodolfo será reintegrado ao Fluminense na próxima segunda-feira, o presidente Mário Bittencourt explicou a situação de Marcos Paulo. Com vínculo até junho, o atacante já pode assinar um pré-contrato com qualquer equipe, saindo de graça em julho. O mandatário explicou que o estafe do jogador está na Europa procurando um clube e, por isso, ainda não respondeu sobre as propostas de renovação feitas pelo Tricolor. A expectativa é que o atleta seja negociado na próxima janela de transferências para render algum dinheiro ao clube que o formou.

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– Em junho de 2020 iniciamos as conversas pela renovação. Fizemos proposta, o estafe e o atleta entenderam que era melhor esperar uma proposta de fora. O atleta teve um contato com um clube da França, se acertou e o estafe informou que chegaria uma proposta com um valor interessante, mas não chegou. Reforçamos a ideia de renovar, fizemos uma proposta significativa com o aumento que podemos. O atleta pediu que esperássemos. Quando chegou no fim de outubro, chegou uma proposta do Torino (ITA). Foi a única oficial que o Fluminense recebeu desde que virei presidente. Era um empréstimo com obrigação de compra. Abrimos negociação e o atleta não respondia a nós sobre renovação porque queria ir. A contraproposta do Fluminense foi apenas de parcelamento de valores. O Torino não nos respondeu porque encontrou outro jogador na Europa, desistindo de comprar o Marcos Paulo – explicou.

– Fizemos outra proposta de renovação em dezembro porque gostamos dele e queríamos que ficasse por mais dois ou três anos. O atleta ficou de nos dar uma resposta e essa contraproposta ainda não veio, ele disse que quer esperar a última janela para receber uma proposta da Europa ou de outro clube. Não tem nenhum interesse em ficar em clube brasileiro. Conversei com o estafe ontem e eles disseram que estão na Europa para procurar. Dou crédito a essas pessoas. Temos esperança em fazer uma negociação boa para nós – completou.

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Apesar de estar otimista ainda por uma boa negociação, Mário admitiu que o Fluminense dificilmente receberá os valores previstos anteriormente. Marcos Paulo era visto como uma potencial maior venda da história do clube. O objetivo neste momento será manter um percentual dos direitos visando uma futura venda.

– Se recebermos uma proposta em janeiro ou fevereiro, óbvio que não será igual da última janela. Talvez o clube de fora faça uma proposta menor para ficarmos com percentual para levar o atleta agora. Se quiser esperar, nem vamos receber nada. Estamos tentando salvar o direito econômico, mas continuaremos com o mecanismo de solidariedade da Fifa – comentou Mário.

O presidente do Fluminense ainda ressaltou a necessidade do clube de vender jogadores para equacionar as dívidas. No orçamento votado para 2021, o Tricolor prevê cerca de R$ 85 milhões em negociações.

– O Fluminense tem hoje quatro grandes fontes de receita, a maior é venda de jogadores. Se não vender, o clube não resiste. São R$700 milhões de dívida. Pagamos R$100 milhões, mas tem juros e correção. No início de 2021 vocês vão ver que tivemos uma redução nesse valor. O clube fatura em torno de R$250 milhões. Pagamos por mês de dívidas do passado algo em torno de R$4 milhões, que poderiam ser colocados no futebol. Seguimos nos esforçando para pagar. Temos uma previsão de vender mais jogadores porque acreditamos que o mercado vai se aquecer em junho. As janelas boas da Europa são em junho e julho – finalizou.


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