O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, evitou fazer projeções para o mercado de trabalho em 2024, durante a entrevista de divulgação de resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2023 realizada na sede da pasta nesta terça-feira, 30. A geração de postos de trabalho formais em 2023, de 1.483.598, ficou aquém da projeção anual de um saldo entre 1,9 milhão e 2 milhões de empregos mantida pelo próprio ministro no final de novembro.

Nesta terça, Marinho alegou que não gostaria de fazer uma previsão para 2024 em razão, em parte, da falta de precisão nas projeções para o crescimento do PIB.

A última previsão feita pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda é de que, em 2024, o PIB avance 2,2%, ante aumento esperado de 3% para o ano passado. “Evito fazer a projeção que vocês estão me pedindo. (Projeções de mercado) erraram em 2023, esperamos que erre em 2024”, respondeu.

Ele se limitou a dizer que a tendência é que 2024 seja um ano melhor do que 2023 para o mercado de trabalho. Segundo o ministro, projetos do governo, como as obras previstas dentro do novo PAC, ajudarão a determinar o ritmo de geração de empregos neste ano.

Ainda segundo Marinho, de sua pasta, poucos projetos serão enviados ao Congresso em 2024, lembrando do ano eleitoral. “Quanto menor número de projetos submetidos ao Congresso, melhor. Governo não pode entupir Congresso”, disse.

Marinho também avaliou que o saldo de empregos em 2023 foi razoável para um primeiro ano de governo. Ele ainda considerou que, pelo patamar de juros ainda restritivo, a pasta já temia que não seria possível alcançar o saldo positivo de 2 milhões de postos formais.

“Foi bastante positivo dentro das circunstâncias. Evitamos uma tragédia democrática, e, pela nossa área, estamos no esforço de reconstrução e reposicionamento do Ministério”, disse o ministro, citando, por exemplo, a atuação no combate ao trabalho análogo a escravidão.