Os servidores civis aposentados que forem chamados para reforçar o atendimento nas agências do INSS receberão um adicional de 30% sobre a remuneração, até um limite de aproximadamente R$ 2 mil, informou nesta terça-feira, 28, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

É a mesma bonificação estipulada para os militares inativos, que também poderão ser contratados para auxiliar na força-tarefa do INSS. O objetivo é reduzir a fila de espera por benefícios, que acumula 1,3 milhão de processos atrasados.

Segundo o secretário, entre civis e militares, a ideia segue sendo contratar até 7 mil funcionários de forma temporária.

A vantagem de abrir o leque para servidores civis aposentados, segundo Marinho, é que o governo terá a possibilidade de recrutar ex-funcionários do próprio INSS que eram concessores de benefícios – ou seja, já treinados para a função. Eles poderiam reforçar a própria análise de processos, acelerando a redução da fila. De acordo com o secretário, cerca de 1,5 mil dos 7 mil servidores que se aposentaram em 2019 eram concessores.

No caso deles, porém, a remuneração será diferente. Eles receberão o bônus de desempenho por análise de benefício criado no início do ano, que é de R$ 57,50 por processo concluído.

Marinho informou que o texto da MP que vai permitir a contratação temporária dos aposentados está sendo validado e deve ser publicado em até uma semana. O custo total deve ficar entre R$ 13 milhões e R$ 15 milhões por mês – próximo dos R$ 14,5 milhões anunciados na semana retrasada.

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O secretário ressaltou que os servidores passarão por um edital de seleção. Não haverá convocatória, mas sim um processo para que os interessados se candidatem. “A decisão por fazer o edital de seleção visa a preservar o princípio da isonomia”, afirmou.


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