Após 16 jogos sem fazer gol, Marinho voltou a marcar nesta quarta-feira, quando o Santos venceu o Red Bull Bragantino por 2 a 0 na Vila Belmiro, pela 31ª rodada do Brasileirão. A comemoração foi emocionada, com as mãos cobrindo o rosto enquanto as lágrimas escorriam, mas a entrevista ao final da partida foi descontraída. O atacante disse que apelou até para o banho de sal grosso para voltar a marcar e dedicou a vitória a Bruninho, o torcedor de 9 anos que foi hostilizado por santistas no último final de semana.

Até então, o último gol marcado por Marinho havia sido em julho, durante a derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, ainda no primeiro turno. Antes do jejum, ele já vinha sofrendo cobranças da torcida, que se intensificaram assim que ele parou de fazer gols. Já mais aliviado depois da importante vitória desta noite, ele tratou do assunto com leveza após pontuar o quanto sofria com a situação.

“Só que sei o quanto eu me cobro, mas os meninos passaram confiança para mim, o treinador, minha família, eu sei da minha qualidade. Me incomodava. Graças a Deus hoje o gol voltou a sair. Mas eu falei para Deus também, eu estava tomando banho, peguei um salzinho e joguei em cima. Falei: ‘Deus, eu sei que em tudo é o senhor que me abençoa, mas se o sal traz energia positiva também, glória a Deus por isso. A gente vai com o que tem”, brincou.

O atacante manteve o sorriso no rosto ao falar sobre o carinho do elenco com o menino Bruninho, que foi hostilizado na Vila Belmiro, no domingo, ao receber uma camisa do goleiro Jailson, do Palmeiras, após derrota por 2 a 0 do Santos no clássico. Nesta quarta, o garoto assistiu ao jogo contra o Red Bull do camarote e recebeu uma camisa do clube.

“Todo mundo conhece a história do Bruninho, é um menino que está diariamente com a gente, já demos camisa, chuteira, colete, tudo. É uma criança que passou por essa situação, já fanática pelo Santos. Essa vitória vai para o Bruninho também”, afirmou o atacante santista.

Além de ter feito o primeiro gol, Marinho foi essencial para garantir a vitória, pois sofreu o pênalti convertido por Sánchez já nos acréscimos. Questionado sobre a possibilidade de ter batido o pênalti, ele disse respeitar o uruguaio como batedor e que isso reforça o espírito de coletividade da equipe.

“O Sánchez é o nosso batedor. Quando ele não está no jogo, eu bato. Mas é isso, a gente mostra que a gente é um grupo independentemente do resultado. A atitude foi diferente hoje para o jogo contra o Palmeiras, é o que a gente fica chateado. Enfrentamos uma grande equipe, bem treinada, que está na parte de cima da tabela. Nossa força dentro de casa é importante, a gente voltar a botar o coração, porque a camisa é pesada e vamos lutar até o final.

Agora com 38 pontos, mais aliviado na briga contra o rebaixamento, o Santos volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Atlético-GO, no Antônio Accioly, pela 32ª rodada do Brasileirão.