A deputada eleita Marina Silva registrou um boletim de ocorrência após ser hostilizada por bolsonaristas em um restaurante, em Belo Horizonte (MG), na sexta-feira (21). De acordo com Marina, ela estava saindo do local após um jantar quando foi chamada de “vagabunda” por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

“Quando nos dirigimos para sair do restaurante, pessoas que estavam em outras duas mesas começaram a gritar ‘mito’. Até aí tudo bem, é do jogo democrático… Só que uma pessoa, gritou palavras de baixo calão, me chamado de vagabunda, eu ouvi por duas vezes me chamar de vagabunda”, explicou a deputada eleita durante uma coletiva de imprensa da campanha do ex-presidente Lula (PT).

“Algo que a gente não consegue compreender é a postura, a atitude de intimidar. E por que, quando se trata de uma mulher, é sempre nessa questão de natureza moral, de natureza sexual. Parece que o bolsonarismo não sabe lidar com as mulheres”, criticou Marina.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado como injúria. Os agentes estão tentando identificar o autor dos xingamentos.

Nas redes sociais, Marina Silva também comentou o caso. “Ontem após jantar com dirigentes da Rede no restaurante do hotel Radisson Blu (BH), fui xingada por simpatizantes de Bolsonaro. É a velha tentativa grotesca de coagir a ação política das mulheres. É a violência política de gênero se espalhando pelo país em tempos bolsonaristas”, escreveu a deputada eleita.

“O ataque ontem a Marina Silva faz parte da escola do fascismo. A pessoa que xingou a companheira Marina não é uma pessoa séria. Mesmo com pensamento antagônico, uma pessoa séria jamais levantaria pra xingar alguém dessa forma. Minha solidariedade a Marina”, afirmou Lula nas redes sociais.