Os programas de subsídios, subvenções e renúncias fiscais do governo federal deverão ser reavaliados em um eventual governo de Marina Silva, disse a candidata da Rede nesta terça-feira, 3, durante sabatina promovida por SBT, Folha de S.Paulo e UOL. “Temos que ter critérios sobre subsídios. Da forma como estamos, não tem condição de continuar”, afirmou.

O Refis, programa de refinanciamento de dívidas de empresas com o governo, foi criticado pela candidata. “Queremos acabar com a farra do Refis. Hoje, boa parte dos recursos que poderiam ser investidos em áreas importantes estão sendo destinados ao perdão de dívida”, comentou. “É muito fácil defender o mercado e a livre iniciativa depois de ir ao balcão do governo recorrer a todo tipo de isenção”, afirmou a ex-ministra.

A candidata evitou apontar setores que poderão receber incentivos em seu eventual governo. “Todos têm de fazer um sacrifício para o País ter investimento e voltar a crescer. Não podemos escolher agora meia dúzia de ungidos. Nosso compromisso é avaliar e rever isenções com critérios, além de acabar com a farra do Refis”, ressaltou.

Previdência

A reforma da Previdência Social deve passar necessariamente por um amplo e transparente debate com a sociedade, defende a candidata Marina Silva. “A sociedade não tem os números e a transparência que deveria. O projeto que vou mandar estará calçado de todas as informações para a sociedade estar informada”, afirmou.

Questionada sobre parâmetros importantes de sua proposta, como mudança da idade mínima para aposentadoria, Marina explicou que antes pretende consultar especialistas, trabalhadores e empresários.

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“Estamos debruçados sobre dados e vamos disponibilizar as informações no momento certo. Vamos fazer a reforma combatendo privilégio, com idade mínima e buscar uma transição ao regime de capitalização”, declarou Marina.

Ainda sobre a idade mínima, a candidata defendeu um prazo menor para as mulheres em relação aos homens.

Diante da insistência dos entrevistadores, Marina ressaltou que outras candidaturas também não têm uma idade mínima. “Exceto aqueles que dizem amém para a proposta do Temer”, destacou.


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